A candidata à Presidência da República pelo MDB, Simone Tebet, escolheu a capital paulista para dar a largada oficial de sua corrida ao Palácio do Planalto. Na manhã desta terça-feira (16) ela se reuniu com cerca de 40 representantes do setor da cultura – como o executivo da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Marcelo Lopes, o presidente da Fundação Bienal, José Olímpio da Veiga Pereira, o diretor de relações institucionais da Pinacoteca de São Paulo, Paulo Vicelli, e o pianista e maestro Marcelo Bratke – na residência de Teresa Bracher, fundadora do Documenta Pantanal e do Instituto Taquari Vivo.
“No nosso governo a cultura vai ter o status, o carinho, a importância que ela merece. Nós vamos recriar o Ministério da Cultura que não pode continuar como um puxadinho do Ministério do Turismo. Ela precisa ter autonomia administrativa e financeira para fazer o dever de casa, que é ter voz da cultura brasileira e dar voz à cultura dos rincões mais distantes”, disse.
Simone defende regras claras e objetivas, além de uma parceria com os estados e com os municípios para executar a Lei Aldir Blanc. Segundo a presidenciável, hoje R$3 bilhões deixam de ser executados por falta de um ministério que ligue esse dinheiro às ações que estados e municípios querem para fazer a cultura ser mais democrática, e que chegue às periferias.
De acordo com a candidata, a Lei Rouanet só precisa ser implementada e coibir abusos que existem. “É preciso democratizar a cultura no Brasil, o que não pode são municípios tendo, por exemplo, salas de cinema, museus que são visitados pelos nossos turistas internacionais e não terem o cidadão mais humilde dos municípios menores, não tem uma única sala de cinema pra ver a cultura do cinema brasileiro, por exemplo”, ressaltou.
Questionada sobre o motivo de ter como primeiro compromisso de campanha uma reunião com representantes do setor cultural do país, Tebet disse que a agenda tem a ver com o fato de ser professora. Segundo a candidata, cultura e educação serão prioridade absoluta caso seja eleita.
Com o início da campanha, Simone disse ainda estar confiante em relação a melhora de seu nome na preferência do eleitorado. “Sei que temos condições de chegar ao segundo turno. A campanha começa hoje”, avaliou.