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5 razões para nunca mais descer ladeira com o carro na “banguela”

Ainda bastante comum no Brasil a prática é proibida por lei e não poupa combustível

Por: Correio Nogueirense
15/04/2018

Você está viajando de carro. De repente surge na estrada aquele longo trecho em declive, e logo vem à cabeça: por que não colocar o veículo em “ponto morto” e aproveitar o embalo da descida para economizar um pouco de combustível? Há mais de uma razão para você não fazer isso.

1) É proibido por lei. O artigo 231, inciso IX, do CTB (Código de Trânsito Brasileiro), classifica o ato de “[rodar] desligado ou desengrenado em declive” como infração média, com perda de quatro pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e multa de R$ 130,16, além de retenção do veículo.

2) Não economiza combustível. Na era dos carros carburados fazia sentido aproveitar o embalo das descidas para usar o “ponto morto”. Afinal, o motor nunca parava de receber combustível e o fluxo com a embreagem desacoplada era um pouco menor. Mas a injeção eletrônica inverteu essa lógica. Nos modelos dotados de tal tecnologia o sistema é capaz de monitorar constantemente o comportamento do motor a fim de otimizar o consumo. Assim, mesmo que o propulsor esteja embreado, o índice de injeção de combustível será zero se o acelerador não estiver acionado.

3) Freio-motor é mais seguro. O carro engrenado faz com que a própria relação entre os giros do virabrequim e das rodas (a popular “relação de marchas”), controle a velocidade do veículo. É o chamado “freio-motor”. Ele pode ser umgrande aliado para se manter dentro dos limites de velocidade exigidos, além de ajudar a evitar acidentes. É claro que o motorista, caso utilize um automóvel com câmbio manual, precisará monitorar a marcha mais adequada à velocidade pretendida.

4) Desgasta mais os freios. O uso do freio-motor gera outro benefício: menor desgaste dos freios, que acabam sendo menos exigidos. Ao optar pela “banguela” as rodas ficarão livres e o embalo precisará ser totalmente controlado pelos freios, que ficarão sobrecarregados e tenderão a apresentar sobreaquecimento ou, em casos extremos, até a parar de funcionar.

5) E os carros automáticos? É claro que o funcionamento de um automóvel com câmbio automatizado, automático com conversor de torque ou CVT (continuamente variável) será diferente de um manual. Muitos modelos sem pedal de embreagem sequer oferecem opção de regulagem manual das marchas.
Esse tipo de veículo conta com freios mais bem dimensionados, justamente prevendo que o sistema será mais exigido”, comenta Burin. Ainda assim é recomendável que se rode em declive sempre com o veículo em “D” (engrenado), nunca em “N” (neutro).

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