Reuters – Os Estados Unidos enviaram a primeira parte de sua ajuda em equipamentos de energia para a Ucrânia, disseram autoridades norte-americanas nesta segunda-feira, enquanto Washington trabalha para apoiar a infraestrutura de energia do país contra ataques intensificados da Rússia.
A primeira parcela foi um equipamento de energia no valor de cerca de US$ 13 milhões, disse um dos funcionários. Outra fonte familiarizada com o assunto disse que mais dois aviões carregados de equipamentos partiriam dos Estados Unidos nesta semana.
A Rússia tem realizado ataques generalizados à infraestrutura de transmissão e aquecimento de eletricidade da Ucrânia desde outubro, no que Kiev e seus aliados dizem ser uma campanha deliberada para prejudicar civis.
Os Estados Unidos e aliados ocidentais forneceram à Ucrânia financiamento e equipamentos para aumentar a resiliência energética de Kiev. Os recentes ataques da Rússia deixaram milhões de pessoas no escuro e sem aquecimento em meio a temperaturas abaixo de zero.
A Rússia está “tentando deliberadamente congelar os ucranianos até a morte quando entramos no inverno”, disse um alto funcionário dos EUA. “Nossa estratégia agora primeiro é ajudar a Ucrânia a se proteger contra esses ataques deliberados à infraestrutura civil de energia, porque pode ser uma catástrofe humanitária.”
Outra autoridade dos EUA disse que o equipamento partiu de uma base militar dos EUA. A primeira parcela faz parte da ajuda de US$ 53 milhões anunciada no mês passado, depois que a Ucrânia disse que precisava de transformadores e geradores, bem como de sistemas de defesa aérea.
O vice-secretário de Energia dos EUA, David Turk, reuniu-se com funcionários de empresas de petróleo e gás na última quinta-feira para explorar maneiras de apoiar a resiliência energética da Ucrânia.
Os apagões tornaram-se frequentes e o governo instou o público a economizar energia reduzindo o uso de eletrodomésticos.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, acusou no final do mês passado o presidente russo, Vladimir Putin, de tentar dividir a coalizão ocidental e forçá-la a abandonar a Ucrânia ao congelar e deixar ucranianos famintos e aumentar os custos de energia globalmente. Ele acrescentou que a estratégia não funcionaria.
A Rússia chama a invasão da Ucrânia de “operação especial”.
