Reuters – O governo alemão recuou de um plano de se comprometer legalmente a cumprir a meta de gastos militares de 2% da Otan anualmente, disse uma fonte do governo à Reuters nesta quarta-feira.
Uma cláusula correspondente em um projeto de lei de financiamento orçamentário aprovado pelo gabinete do chanceler Olaf Scholz na quarta-feira foi excluída em curto prazo, disse a fonte.
A mudança significa que a Alemanha poderá manter sua promessa atual de atingir a meta de 2% em média em um período de cinco anos.
Essa redação é mais branda do que a promessa original de Scholz em um discurso em 27 de fevereiro de 2022, no qual ele anunciou um “Zeitenwende” ou mudança radical três dias após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
“A partir de agora, vamos investir mais de 2% do PIB em nossa defesa ano após ano”, disse Scholz na época.
Um porta-voz do governo alemão se recusou a comentar os detalhes do projeto de lei.
Os aliados da OTAN criticaram fortemente Berlim no passado por não gastar 2% de seu produto interno bruto em defesa anualmente.
Não está claro se Berlim manterá os gastos militares acima desse limite, uma vez que um fundo especial de 100 bilhões de euros (US$ 101 bilhões) para trazer o Bundeswehr de volta ao padrão seja usado.