Por Jefferson Braun
No início da noite dessa segunda-feira (28), quase 80 pessoas se reuniram no coreto Antonio de Faveri Neto, localizado na praça central da cidade. Este é o segundo dia consecutivo de protestos pedindo a saída do atual presidente da República Michel Temer.
De acordo com um dos organizadores da manifestação, o frentista Sergio Pereira Pardinho, 32, o ato surgiu em apoio aos caminhoneiros, mas nos primeiros dias não teve sucesso. “Eu e meus amigos, começamos a nos movimentar através das redes sociais para um movimento na sexta-feira (25) e no sábado (26), porém poucas pessoas compareceram. Já no domingo (27) o movimento começou na pista de skate com 20 pessoas e aumentou gradativamente”, disse.
O frentista afirma que o propósito deste manifesto público é falar da insatisfação contra o atual governo. “O intuito da nossa manifestação é simplesmente à saída do Michel Temer da presidência do Brasil, além da redução dos impostos em geral”, afirma Sergio.
Também esteve presente na noite desta segunda-feira, a manicure Vanessa Ulisses, 32, que levou os seus dois filhos para o ato. ”Participei do ato no domingo e estou participando hoje, pois, apoio a greve dos caminhoneiros e suas reivindicações. Como cidadã brasileira tenho o dever lutar em prol do meu futuro e dos meus filhos, que estão aqui comigo hoje”, desabafa.
O não envolvimento em massa dos nogueirenses no protesto de hoje causou certo desconforto aos participantes, como afirma a dona de casa Elza Candido, 57. “Eu vejo que os cidadãos não esta interessados, estão acomodados e desiludidos, não acreditam que o ato de se manifestar irá causar alguma mudança. Infelizmente não é só em Artur Nogueira, mas no país todo. Presenciei as manifestações das “Diretas Já”, e como era diferente, o envolvimento do povo era genuíno, iam em peso para as ruas”, relata.
Entenda a greve dos caminhoneiros
Os aumentos seguidos nos preços do diesel levaram os caminhoneiros autônomos a realizarem uma paralisação em quase todo o país na segunda-feira (21) com atos em pelo menos 17 estados. A categoria pede uma série de reivindicações apresentadas ao governo federal.
A principal reivindicação dos caminhoneiros é a redução da carga tributária sobre o diesel. Os motoristas pedem a zeragem da alíquota de PIS/Pasep e Cofins e a isenção da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).
Até o momento não houve nenhuma mudança no cenário grevista da categoria, mas aplicações negativas na economia já são visíveis, além da paralisação de vários setores da base econômica brasileira, até o momento de acordo com dados do jornal “Folha de São Paulo”, a greve dos caminhoneiros já provocou uma perda de ao menos R$ 10,2 bilhões ao país.