O Tribunal de Justiça de São Paulo expediu, nesta quarta-feira (27), mandado de prisão definitiva contra Pedro Leandro Ricardo, ex-padre de Araras (SP), condenado a dez anos e seis meses de reclusão em regime fechado por crimes sexuais.
A decisão ocorreu após o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmar a condenação e encerrar todas as possibilidades de recurso. O mandado, assinado pelo juiz Djalma Moreira Gomes Junior, é válido até abril de 2040.
De acordo com a sentença de maio de 2022, o ex-religioso foi acusado de abusar de quatro jovens — três adolescentes e uma criança — entre os anos de 2002 e 2006, quando atuava na Paróquia São Francisco de Assis.
As denúncias vieram à tona em 2019 e resultaram na abertura da ação penal no ano seguinte. Em março de 2022, antes da condenação definitiva, o Vaticano anunciou a demissão do então padre do estado clerical, após um processo canônico.
Durante o julgamento, o acusado negou as acusações e afirmou que elas teriam origem em desavenças administrativas dentro da paróquia.
O processo canônico segue em trâmite e os advogados das vítimas buscam indenização financeira, semelhante ao que já ocorreu em outros países em casos envolvendo integrantes da Igreja Católica.


