A palestra faz parte do “Programa Queimadas”, desenvolvido para auxiliar regiões e municípios do Brasil principalmente em época de estiagem. “É evidente que estamos vivendo uma época de instabilidade no clima. Por isso, sentimos literalmente na pele essas mudanças climáticas”, disse a Secretária Municipal de Meio Ambiente e Agricultura, Engenheira Agrônoma Dorothéa Monteiro. “Essa palestra vem para nos mostrar as ferramentas que temos à disposição para entender essas mudanças e, principalmente, para demonstrar como as queimadas contribuem negativamente nesse processo de instabilidade do clima causando inclusive impacto direto na biodiversidade”, completou.
O palestrante Dr. Guilherme Martins, um dos pesquisadores desenvolvedores do programa, além de falar sobre a poluição e o impacto das queimadas na saúde humana, explicou sobre os focos de calor e sua distribuição no Brasil. Também apresentou ao público três ferramentas de auxílio no combate às queimadas à disposição no site do INPE: o Risco de Fogo, indicador de quão suscetível a vegetação local está para ocorrer uma queimada; o Fogograma, que fornece informações por coordenadas geográficas e a Geração de Boletins Meteorológicos, boletins atualizados constantemente sobre ocorrências de fogo e fumaça.
Embora a baixa umidade seja motivo determinante para a ocorrência de queimadas durante a época de estiagem, o fator humano ainda é o maior responsável pela geração do fogo na natureza. “Existe sim uma quantidade de focos de queimada por causa natural, mas é insignificante. O homem ainda é o principal responsável pelas queimadas seja para limpeza de pastos ou abertura de terrenos. Infelizmente, a prática das queimadas no Brasil é uma questão cultural”, explicou o Dr. Guilherme Martins.
Em Itatiba, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros já estão se mobilizando para a época de estiagem. Para a Coordenadora da Defesa Civil de Itatiba, Leila Cavallaro, o melhor caminho é a prevenção através das conscientização. “Em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura já fizemos algumas brigadas de incêndio rurais como por exemplo no Cítrus Pomar São Jorge, na antiga Fazenda Ipê, no Morro Azul e vamos montar uma nova no Mombuca”, falou. “O objetivo é auxiliar e, principalmente, conscientizar a população local para que não realize queimadas”, concluiu.
