A Secretaria Municipal de Saúde de Indaiatuba seguindo a orientação do Ministério da Saúde inicia na terça-feira (13) a vacinação contra o sarampo para crianças com 6 meses a menores de 1 ano que é chamada “dose zero”. Para tomar a vacina, basta procurar a unidade de saúde mais próxima da residência com a carteira de vacinação. A recomendação é que todas essas crianças, nesta faixa etária, sejam vacinadas. Além de proteger, a medida de segurança pretende interromper a cadeia de transmissão do vírus do sarampo no país. A Tríplice Viral, previne também contra rubéola e caxumba, deve ser evitada na vigência de febre.
A “dose zero” não substitui e não será considerada válida para fins do calendário nacional de vacinação da criança. Assim, além dessa dose que está sendo aplicada, os pais e responsáveis devem levar os filhos para tomar a vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade (1ª dose); e aos 15 meses (2ª dose) para tomar a vacina tetra viral ou a tríplice viral + varicela. A vacinação de rotina das crianças deve ser mantida independentemente do planejamento de viagens para os locais com surto ativo do sarampo ou não.
Em Indaiatuba foram confirmados dois casos da doença. O primeiro caso é de um menino de 10 anos, residente no bairro Jardim Paulista II com duas doses da vacina tríplice viral, histórico de viagem recente para São Paulo capital e estudante da E.E Annunziatta Leonilda Virginelli Prado. O segundo caso é uma menina de 1 ano que não frequenta creche e não tem histórico de viagem, é residente no bairro Nova Veneza. A criança apresentou os sintomas em maio e foi atendida em unidade de saúde privada em Salto, a notificação chegou na segunda quinzena de junho por meio de laboratório particular.
SITUAÇÃO NO PAÍS
O Ministério da Saúde registrou, nos últimos 90 dias, entre 05 de maio a 03 de agosto de 2019, 907 casos confirmados de sarampo no Brasil, em três estados: São Paulo (901), Rio de Janeiro (5) e Bahia (1). O coeficiente de incidência da doença foi de 0,4 por 100.000 habitantes.
O país vinha de um histórico de não registrar casos autóctones desde o ano 2000. Entre 2013 e 2015, ocorreram dois surtos da doença a partir de casos importados, nos estados do Ceará e Pernambuco, com 1.310 casos. Os surtos foram controlados com as medidas de bloqueio vacinal e, em 2016, o Brasil recebeu o Certificado de Eliminação do Sarampo, emitido pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). O Brasil perdeu o certificado em fevereiro deste ano e, atualmente, empreende todos os esforços para eliminar novamente a transmissão do vírus no país, com reforço da vacinação contra o sarampo. Manter altas e homogêneas coberturas vacinais na população é a única forma de evitar a transmissão da doença.