Durante a 22ª sessão ordinária da Câmara Municipal, que aconteceu na noite desta última segunda-feira (07), o vereador Davi Fernandes (DEM) usou sua fala livre para responder à Secretária de Educação, Elaine Vicensotti, sobre as acusações feitas a sua pessoa, sobre o vídeo divulgado por ele para falar sobre as denúncias de recebimento de carne podre nas escolas municipais.
Tudo começou quando do dia 27 de setembro, o vereador publicou um vídeo em suas redes sociais, no qual falou sobre estar em reunião com outros vereadores e que estariam investigando essas supostas denúncias, sobre o recebimento de carnes estragadas nas escolas. Depois de todo o acontecido, a prefeitura fez um pronunciamento oficial, no qual a Secretária de Educação explica toda a situação e comentou que o vídeo feito pelo vereador foi na calada da noite.
Para iniciar sua fala, Davi Fernandes começou explicando toda a situação sobre o vídeo feito tão tarde naquele dia 27. “Peço licença ao vereador Cristiano da Farmácia, para poder citar seu nome aqui. Aproximadamente há quinze dias, eu e os nobres colegas, recebemos inúmeras mensagens de pais de alunos e de merendeiras com relação às denúncias das carnes. Recebemos essa denúncia na sexta-feira após o horário comercial e já sabíamos, inclusive, que a carne não se encontrava mais nas escolas, por isso então a não necessidade de ir até às escolas. Quem denuncia para a gente não brinca em serviço, as pessoas que nos passam informação são pessoas íntegras, honestas e que lutam pelo bem do nosso município”.
Após explicar, Davi Fernandes falou sobre a declaração da Secretária Elaine Vicensotti, na qual falou sobre o vídeo feito pelo vereador. “’Falar que servimos carne estragada é uma calúnia’, diz secretária de Educação. Concordo com a senhora secretária, falar que servir carne estragada é uma calúnia. Realmente é”.
Depois de mostrar a resposta da Secretária, Davi mostrou o vídeo feito por ele. “Em que momento afirmo que foi servido? Pergunto para a secretária. Carnaval foi feito por ela e carnaval foi feito aqui hoje, falamos que iríamos investigar a empresa e, não o governo, e o governo já se sentiu ofendido. Tamanho a irresponsabilidade vão querer investigar aos vereadores. Deixei claro que íamos investigar in loco a empresa, porque nós já sabíamos que a carne não tinha sido oferecida. Carnaval fez a senhora, secretária, e muito me admira, uma professora, secretária de Educação, não saber interpretar um vídeo tão claro. Eu estou olhando diretamente para a câmera para falar diretamente com a senhora. Uma professora não conseguir interpretar um vídeo tão claro desse ou a senhora queria fazer o tal carnaval que foi instruído que falasse hoje aqui na sessão da câmara, acho que era isso que a senhora queria. Nós não fomos as escolas por que eram 11 horas da noite quando gravamos o vídeo. Gravamos esse vídeo esse horário por que foi quando terminamos de conversa em relação ao assunto. Ela ia abrir a escola para mim? Certamente não, com certeza ela tava usufruindo os sete mil e quinhentos na casa dela com o marido dela e nós estávamos trabalhando”.
Após falar sobre a resposta da Secretária, Davi exibiu também o vídeo da reunião da secretária de Educação, emitido pela prefeitura, na qual ela comenta que o vídeo feito por ele foi na ‘calada da noite’, que não traz benefício nenhum para a população e que acredita que é para atiçar e não para resolver. Por isso ela estava fazendo o vídeo para esclarecer e resolver as coisas. Ele responde Eliane Vicensotti sobre o vídeo feito. “Que bom secretária, não faz mais do que sua obrigação, eu como vereador fiscalizo, ou a senhora quer que eu compre carne, que eu faça licitação ou que qualquer vereador aqui licite carne? Nós fiscalizamos, quem tem que resolver o problema é, justamente, a senhora. Calúnia, artigo 138, ‘Caluniar alguém imputando falsamente fato definido como crime’. Onde nós caluniamos a senhora? A senhora comete crime de difamação. Artigo 138, ‘Difamar alguém imputando fato ofensivo a sua reputação. A senhora tentou colocar a população contra os vereadores, que estavam investigando. Tudo que é mostrado aqui é bonito, nas escolas a realidade não é essa e nós sabemos que não é. Sugiro um projeto de lei, coloque nas portas das escolas todo dia o cardápio, e essas fotos vão mudar (em relação as fotos do vereador Cristiano da Farmácia em sua fala), por que hoje foi servido arroz, feijão e ovo, não foi servido carne. É lindo o discurso, bonito falar que estamos fazendo carnaval e quem está fazendo carnaval são vocês”.
Davi Fernandes fala sobre os problemas de licitação que o governo tem passado em todas as áreas. “É uma troca de licitação, é a licitação lá do prédio de R$200 mil reais que a empresa não cumpriu, é a licitação do pão que termina e a escola fica sem licitação. É a licitação da carne que acaba e fica sem carne. Isso para mim é carnaval, não fiscalizar as escolas, não fiscalizar fornecedor, que preocupação é essa secretária? Para que usar dinheiro público, por que meu vídeo eu fiz, o da senhora é pago com dinheiro público. Para que usar dinheiro público sendo que vamos investigar a empresa, ou a senhora não quer que se investigue a empresa? O que é que tem de errado com a empresa que nós não podemos fiscalizar? Quem falou que ia investigar a escola? O vídeo está claro, quer que eu mande para a senhora e sente do seu lado para ajudar interpretar? Porque eu acho que está faltando competência da senhora para saber interpretar um vídeo. Queimar governo, palavra usada aqui, quem vai queimar um governo que já está torrado. Queimar mais o que? Está escancarado a incapacidade do setor da prefeitura, do prefeito, da secretária de educação que não sabe interpretar um vídeo. Deixo claro que vou gravar quanto vídeos eu quiser e em que horário eu quiser, porque a senhora, secretária, trabalha até às 17 horas, mas o vereador trabalha em qualquer horário, de madrugada, noite, dia e final de semana. Pare a senhora de fazer carnaval e de colocar os vereadores contra as nutricionistas, merendeiras, por que quem passa as informações são pessoas que estão diretamente ligadas as escolas. Respeitem os vereadores que estão trabalhando. Carnaval fazem vocês com o dinheiro público”.
Ao final o vereador aconselha a secretária de educação: “Vai aprender interpretação de texto, por que a senhora esta precisando’.
