A atenção é uma função cognitiva que possibilita o cérebro processar um número limitado de informações presentes no contexto do indivíduo. Essa habilidade permite a seleção dos estímulos a serem processados, facilitando que o aparato cerebral faça um uso criterioso e sensato dos seus recursos cognitivos.
A atenção é responsável, ainda, pelo monitoramento da interação do individuo como o seu meio, seja por intermédio de processos controlados ou automáticos, com maior ou menor grau de consciência da situação e utilizando mais ou menos recursos atencionais (Castro, Rueda & Cisto, 2010; Ocampo, 2009).
Entre as diversas modalidades da atenção, destacam-se:
A atenção sustentada – capacidade de manter a atenção durante uma atividade contínua (ouvir atentamente a explicação do professor em aula durante um período longo de tempo);
A atenção dividida – vem a ser a capacidade de dividir o foco atencional em dois estímulos simultâneos (andar de bicicleta e falar ao celular ao mesmo tempo);
A atenção seletiva – possibilita realizar uma tarefa de modo continuo na presença de estímulos distratores (não escutar o telefone tocar quando está lendo um livro interessante);
A atenção alternada – permite executar tarefas que exigem mudanças rápidas no repertório de respostas (ora o foco de atenção está na atividade de português ora na tarefa de matemática) (Castro et al., 2010; OCampo, 2009).
A atenção é uma das funções mais complexas do cérebro, sobre a qual ainda não há uma definição fechada e aceita por todos. É uma função que nos permite filtrar estímulos, processar informações e focar objetivos.
Esse processo ocorre em vários níveis que dependem da interação com o meio. As características de uma tarefa e suas demandas vão determinar o tipo de atenção que vamos empregar.
A atenção é uma função cerebral complexa que teve uma participação especial na nossa evolução e desenvolvimento como espécie.
É, ao mesmo tempo, uma habilidade que deve ser cuidada e exercitada, visto que qualquer lesão nas áreas mencionadas costuma provocar atrasos irrecuperáveis.