A Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Educação, divulgou o ganhador do 1° Concurso Didático Literário “Artur Nogueira tem história e memória”. Após cumprir todos os critérios elencados pelo concurso, o jornalista e escritor Mano Fromberg dará vida às obras que farão parte do acervo bibliográfico das Unidades Educacionais de Ensino Fundamental.
Assim como imposto pelo projeto, ao longo de dois anos, Mano deverá escrever quatro livros – um a cada seis meses -, sendo que o primeiro retratará a história de como surgiu o município e as primeiras famílias; o segundo trará personalidades homenageadas com nomes em ruas, avenidas ou prédios públicos; o terceiro enaltecerá a Educação, Esporte e Cultura nogueirense; e o quarto abordará a Economia e Agricultura de Artur Nogueira.
Mano ficará também responsável por organizar a participação dos alunos da Rede Municipal com alguns desenhos ilustrativos, visitas às Unidades Educacionais para conversas, entrevistas, além de palestras envolvendo professores e alunos.
O prefeito Lucas Sia (PSD) parabeniza o escritor. “A partir dessas obras, o antigo se tornará novo para muitos, afinal são vários os nogueirenses que cresceram sem ter contato com a história de emancipação e formação do município. Nossas crianças terão o privilégio de navegar pelo passado através das palavras. Conheço o trabalho do Mano e tenho a certeza que ele desempenhará o papel com excelência”, comentou Sia.
POUCO MATERIAL
De acordo com a secretária Débora Sacilotto, a ideia do concurso partiu de uma necessidade que ela chegou a vivenciar ainda na sala de aula: pouco material sobre a história do município. Ela destaca que, atualmente, os professores possuem dificuldade em encontrar materiais, informações e registros que contenham a história da formação de Artur Nogueira, bem como a emancipação e a construção histórica do povo nogueirense.
“O único livro encontrado para pesquisa e registro é ‘Artur Nogueira, Berço da Amizade’ (de autoria de Mano Fromberg). Temos a necessidade de elaboração de um material que conte a história de nosso município de forma simples, fiel e linguagem acessível aos nossos alunos. Com essas obras, levaremos nossos estudantes da Rede Municipal de Ensino a conhecerem a história do lugar em que vivem”, destacou Débora.
A secretária ainda pontua que, além dos desafios na sala de aula, a falta de material impossibilitava a contribuição com algumas iniciativas pedagógicas voltadas à história do município, como o Projeto Casulo, idealizado em 2001 pelo jornalista e historiador Luiz Carlos Fromberg Ferreira, e apoiado frequentemente pelo vereador Melinho Tagliari (DEM). “Melinho me sugeriu que trabalhássemos o projeto Casulo nas escolas. No entanto, não tínhamos materiais o suficiente para isso, o que aflorou ainda mais o desejo de lançar um concurso dessa natureza”, disse.
O vereador parabeniza a realização do concurso e ressalta sua importância. “Assim como o projeto Casulo, as obras literárias produzidas a partir do concurso resgatarão e, por consequência, preservarão a realidade da cidade para que gerações futuras possam conhecer a trajetória de seus antepassados, servindo até como referência para estudos futuros. É uma satisfação imensa presenciar esse momento”, destacou.
VALORIZAÇÃO DA HISTÓRIA
Para o escritor Mano Fromberg, o concurso valoriza àqueles que solidificaram a existência do município. “Esse é mais um trabalho que vem para somar com a preservação da história do município e que contribuirá para a rede escolar. É muito importante começar desde a infância a trabalhar a ideia de perpetuação da história e valorização de quem ‘preparou o terreno’ para as futuras gerações. Até porque, é impossível amar aquilo que a gente não conhece”, frisou.
Ele conta que sempre se imaginou participando de projetos como esse, mas nunca teve espaço. Essa foi a primeira vez que Mano presenciou a ideia saindo do papel. “O prefeito Lucas Sia e a secretária Débora estão de parabéns por realizarem um projeto como esse, que é importante para quem vive na cidade e para quem ainda viverá. Me sinto extremamente feliz e honrado em participar desse projeto”, finalizou.
Como forma de premiação, Mano receberá por até 30 horas semanais (o valor da hora aula terá como base o valor pago ao oficineiro), para elaboração das obras didáticas literárias, podendo assim, se dedicar ao projeto, levando em consideração um cronograma contendo, pesquisa, escrita, ilustração.