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Na Câmara, Educadoras e Pajens de Artur Nogueira fazem protesto e cobram prefeito e vereadores

Conforme as manifestantes, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), o educador infantil deve estar enquadrado no quadro do magistério.

Por: Correio Nogueirense
14/02/2022

Educadoras e Pajens da Prefeitura de Artur Nogueira protestaram nesta segunda (14) por conta da indignação e insatisfação com as novas propostas na área da Educação Infantil (creches) do município. O ato foi realizado na Casa Legislativa e, segundo a organização, reuniu aproximadamente 100 profissionais.

As trabalhadoras iniciaram a concentração na frente da Câmara Municipal às 18h.

“Sabemos que a Educação Infantil vai muito além da necessária tarefa de educar nossas crianças, eles também são guardiões desses pequenos ao realizar várias outras atividades inerentes ao exercício da profissão como: acolhida, auxílio na alimentação, higienização das crianças, escovação, troca de fraldas, cuidados quando adoecem, dentre outras. Tudo isso feito dentro dos espaços escolares (salas de aula, refeitório e parques) de nossa cidade, que em muitos casos, infelizmente, não possui uma estrutura mínima necessária para que atendamos nossas crianças com o mínimo de dignidade”, diz ofício encaminhado aos vereadores e prefeito de Artur Nogueira.

Segundo as profissionais, em muitos casos precisam se desdobrar e revezam para dar conta de atender a demanda nas salas das creches, “e mesmo assim ainda fazemos com muito amor e dedicação o nosso trabalho”.

“Por todos estes motivos citados acima de maneira breve, diante das novas propostas de contratação de professores de Educação Infantil para realizar o trabalho pedagógico (que até então sempre fomos nós que realizamos), e deixarem “apenas” a parte de higiene para nós fazermos, nos sentimos profundamente desvalorizadas. Reforçamos que fazemos nosso trabalho com muito amor e dedicação, amamos as crianças, porém sabemos que todo profissional merece ser valorizado no exercício de suas funções”, diz o documento.

Conforme as manifestantes, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), o educador infantil deve estar enquadrado no quadro do magistério.

No documento, cita que a maioria das pajens e educadoras do município fizeram um enorme esforço, tanto físico como financeiro, para estudar (fazer faculdade, pós-graduação), tudo para que fossem profissionais ainda melhores. “Por muitas vezes, usamos por conta própria nosso tempo e dinheiro para a realização de pesquisas em favor da melhoria do ensino nas creches, e não foi necessário estar em sala de aula ‘Professores de Educação Infantil’, por qual motivo então isso irá acontecer agora? ”.

Elas ressaltam no documento, “profunda indignação se deve ao fato de que durante a campanha eleitoral foram feitas várias promessas de que nossa categoria seria valorizada, mas não é o que se vê atualmente: nosso salário é baixo, nossa carga horária é grande, não temos plano de carreira e nem todas possuem cesta básica ou vale alimentação”. E ainda, “Muitas de nós já pediram exoneração e foram buscar nas cidades vizinhas a valorização que nos foram prometidas, já que segundo o que foi dito em reunião pela Secretaria de Educação é que o orçamento do município não permite nossa ‘valorização’”.

As profissionais dizem que tentaram marcar reuniões para dialogar sobre esses assuntos citados, tanto com o Prefeito Lucas Sia e Vereadores, como com a Secretaria de Educação, porém em ambos os casos não obtiveram sucesso. Por esse motivo registraram o documento para pedir algumas explicações:

  • Por qual motivo não existe a valorização do profissional da educação infantil (pajem e educadoras) que está no exercício da função em nosso município de Artur Nogueira?
  • Por que não nos incluir no estatuto do magistério ou até mesmo “criar” um plano para essa inclusão e aproveitar?
  • Por qual motivo não temos benefícios, como plano de carreira por exemplo, e nosso salário da categoria é fora do piso já que temos uma carga horária tão alta?
  • Por qual motivo temos poucos profissionais nas creches? O que nos deixa sobrecarregadas e sem conseguir atender todas as demandas.

As educadoras finalizam o documento aguardando “uma pronta resposta das questões tratadas, pois precisamos que o senhor prefeito e vereadores atendam a nossa categoria, que nos valorizem, assim como fazemos todos os dias incansavelmente com nossas crianças nas unidades de creche de Artur Nogueira”.

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