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A medida adotada pelo prefeito Ivan Cleber Vicensotti em relação a ECOVITA, causou “estranheza” para Justiça

O término da ETE Stocco é de responsabilidade da prefeitura de Artur Nogueira, que não pode penalizar a empresa, por uma eventual negligência ou demora do poder público, segundo a justiça.

Por: Correio Nogueirense
25/05/2020

Na sentença assinada no dia 18 de maio de 2020, o juiz Paulo Henrique Aduan Correa, da Comarca de Artur Nogueira, suspendeu a decisão anterior da prefeitura de Artur Nogueira, que tornava sem efeito as licenças prévia e de instalação do loteamento “Mário de Fáveri”. Com esta decisão, a autora –  ECOVITA — Incorporadora e Construtora LTDA., poderá retomar os trabalhos para instalação do loteamento residencial habitacional em Artur Nogueira. A decisão cabe recurso.

O empreendimento, segundo a ECOVITA, contará com 596 casas, dentro do programa Minha Casa Minha Vida.

Em sua decisão, o magistrado destaca que a prefeitura de Artur Nogueira, não pode transferir sua responsabilidade do término da estação de tratamento para a ECOVITA. “No que se refere à alegação de que o loteamento precisaria de uma rede própria de esgoto, uma vez que a Estação de Tratamento de Esgoto Stocco ainda não foi concluída, verifica-se igualmente não haver qualquer documento que dê amparo a tal afirmação, sendo certo, ademais, que a realização de obras necessárias à conclusão de tal estação incumbe ao poder público, que não pode penalizar o particular por sua eventual desídia ou demora”.

A medida tomada pelo prefeito de Artur Nogueira, Ivan Cleber Vicensotti (PSB), provocou “estranheza” e desconfiança de tal atitude. “Destaque-se, por oportuno, que o município já havia aprovado, por meio do Decreto n. 041/2016, o loteamento a ser desenvolvido pela autora, tendo, inclusive, emitido a Certidão de Diretrizes n. 004/2015 por meio do Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira-SAEAN, circunstância que faz com que sua posterior negativa provoque estranheza neste Juízo acerca dos reais motivos que o levaram a tal forma de agir”.

O Correio Nogueirense entrou em contato com o prefeito Ivan Vicensotti pedindo uma posição, mas até o momento a solicitação não foi atendida.

Entenda o caso:

O Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) instaurou em novembro de 2019 um inquérito civil para apurar supostos atos de improbidade administrativa, cometidos pelo prefeito de Artur Nogueira, Ivan Cleber Vicensotti.

A investigação foi aberta, segundo a promotora, Maria Paula Machado de Campos, após a representação de uma denúncia feita por Luiz Rodrigo de Faveri e ECOVITA Incorporadora e Construtora LTDA, noticiando que o prefeito Ivan Vicensotti, teria condicionado a aprovação de loteamento de casas populares (que seria desenvolvido pela empresa ECOVITA) à aprovação, pela Câmara Municipal, de projetos de Lei de Expansão Urbana que beneficiariam terrenos de propriedade de familiares do prefeito.

Considerando que, segundo a denúncia, o prefeito Ivan Vicensotti teria exigido do representante da empresa ECOVITA a contratação da imobiliária PH – Imobiliária EIRELI para a intermediação de venda das casas populares cujo loteamento se pretendia aprovar junto a prefeitura, sendo que o objetivo da contratação seria o repasse de dinheiro ao prefeito.

O Município de Artur Nogueira já havia aprovado, por meio do Decreto nº 041/2016 o loteamento a ser desenvolvido pela ECOVITA Incorporadora e Construtora LTDA.O argumento usado pela prefeitura de Artur Nogueira de que o loteamento em questão apresenta risco de contaminação do lençol freático e dos mananciais da bacia do Ribeirão Boa Vista, não encontra amparo técnico, segundo a justiça. Em maio de 2018 foi revalidado o certificado, GRAPROHAB, mas depois que a Expansão Urbana foi reprovada pela Casa Legislativa Municipal e o parlamentar, José Pedro Paes (PSD), votou contrário. Segundo o loteador, a partir desse dia o prefeito Ivan Cleber Vicensotti (PSB) não recebeu mais o engenheiro da ECOVITA e assim o Loteamento ficou suspenso.

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