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Alexandre Castanheira conta como é a prática do esporte automobilístico de Arrancada

Castanheira esteve com os maiores nomes do esporte em um campeonato no Velopark.

Por: Correio Nogueirense
31/10/2018

Alexandre Castanheira, colunista do Correio Nogueirense, esteve no último mês no Velopark no Rio Grande do Sul, que é considerado o maior parque automobilístico da América Latina.

Alexandre é competidor de Arrancadas, um esporte praticado por veículos automotores em que é somado o tempo percorrido em cada distância da pista. Diversos pilotos conhecidos nos Estados Unidos e na Argentina estiveram presentes no evento, além dos carros mais potentes do Brasil. O evento aconteceu em uma sexta-feira, onde eram realizados os treinos, sábado de manhã com treino, na parte da tarde já estava valendo a competição assim como o domingo.

Junto da equipe Fusion e seu preparado Oséias, Castanheira está a quatro anos envolvido com a Arrancada, possuí um Chevette de mil cavalos, modelo Street Turbo, uma categoria anterior aos carros de grande porte, que possuem sua estrutura alterada.  “Antes de competirmos, eles passam uma cola no asfalto chamada VHT, ela gruda mesmo, se for andando na pista é provável que perca a sola do sapato, esta cola é para que o carro não destracione, para seja controlada a potência da turbina, a potência do motor, mais torque, com cavalaria, dentro de uma pista de 400 metros, se o carro não estiver regulado ele pode destracionar, ficando perigoso”, explica Alexandre sobre a competição.

“A competição possuí começo meio e fim, tem os primeiros 60 pés, que é do pulo embaixo do pinheirinho, onde fica o semáforo, tem o stage, o pré-stage e a largada, 60 pés são 18 metros, eu já conto o primeiro ponto a partir dali, meu carro é de 1.4 segundos, depois vem os 100 metros, que entra no 3.8, em seguida vem os 200 metros, onde o meu recorde pessoal é cinco segundos e 899 milésimos. A competição neste esporte é contra o relógio, com segundos”.

De acordo com ele, a concentração é algo de extrema importância neste esporte.  “Sua reação quando está no pinheirinho conta, quanto menor a reação menos coisa para somar com o tempo de pista, a mudança de marcha tem que ser frações de milésimos de segundos, pois cada marcha é igual a um câmbio de carro normal. Lá por ser nível do mar, a turbina carrega mais, vem 4kg de pressão em cima da turbina, é algo de arrepiar, a adrenalina ao final da arrancada é uma sensação muito boa”.

Para se concentrar, ele faz um exercício de respiração, esquece do cotidiano e faz uma oração para entrar no espírito de leveza e tranquilidade. “Tudo na minha vida é muito intenso, esse negócio da arrancada, de ser piloto é um sonho meu de criança, tanto é que quando eu fui montar o carro não era para a arrancada, era para circuito, mas acabei colocando pressão demais nesse carro e no circuito acabou não funcionando legal, ele rodava nas curvas, foi quando joguei o carro na arrancada e acabei me apaixonando por este meio”, diz.

Alexandre participa a quatro anos de Arrancadas, foi campeão paulista no último ano, também foi campeão da ECPA e ficou em 2º lugar no campeonato mineiro. Ao conhecer o Velopark voltou com um troféu de campeão da terceira etapa gaúcha e hoje tem um dos melhores carros na categoria TST.

“Falam que Arrancada é um esporte caro, na verdade ele se torna caro, mas existem várias categorias para poder participar e brincar, mas o importante é você ter o seu tempo e fazer o que você gosta e o que você ama. A vida é muito curta e nós precisamos aproveitar, sempre com amor no coração, em harmonia com as pessoas, não é só trabalhar, cuidar da família ou dos outros, busque ter um tempo só seu que vale a pena”, conclui Alexandre Castanheira sobre a competição.

Confira as fotos:

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