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Astrobiologia e a teoria da Panspermia Cósmica

Por: Eduardo Vallim
03/08/2019

Astrobiologia, um dos maiores mistérios da humanidade, tão antigo quanto ela mesma. Estamos sós no universo?  Essa seria a maior de todas descobertas da raça humana.  E, se essa forma de vida for inteligente, então provavelmente teremos um ponto de mutação em nossa civilização, com implicações profundas e provavelmente irreversíveis para a nossa compreensão de mundo, nossa espiritualidade, religião, ciência e a percepção de nossa própria natureza coletiva e individual.

Milhões de indivíduos  anualmente no globo terrestre têm contatos de primeiro a quinto graus com tais seres, os quais sobrevoam diariamente nossas cabeças, em naves que viajam na atmosfera terrestre a 38 mil km/hora, nossos jatos supersônicos  atingem velocidades de mach   2, algo em torno de 2.400 km/hora.

A Ufologia  não se enquadra no conceito como forma de ciência, e sim da paraciência ou pseudo ciência, isso devido a impossibilidade da verificação, constatação e repetição dos eventos ufológicos. Não significa que a ciência está alheia a tais fenômenos, pois, ela investe milhões de dólares anuais em pesquisas nesta área do conhecimento.

A CIÊNCIA CHAMADA ASTROBIOLOGIA.

A ciência chamada de astrobiologia,  estuda a possibilidade real de haver vida fora da Terra e da  raça humana  colonizar outros mundos. Do ponto de vista científico, é mais provável que haja vida além da Terra do que o contrário. Pois, para que haja vida, indispensável a existência  de  água líquida,  com uma temperatura amena, na presença de  elementos químicos, como carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, fósforo e enxofre, e uma fonte de energia para as reações químicas e metabólicas, geradas por calor originário de uma estrela próxima agregada a seu campo gravitacional.

Esses aspectos  ou ingredientes, não são raros no universo e, pelo seu gigantesco tamanho, podem estar reunidos em um número enorme de mundos, como planetas, luas, planetas-anões, meteoros e cometas. Portanto,  provavelmente haja  vida se desenvolvendo em muitos lugares no cosmos.

TEORIA DA PANSPERMIA CÓSMICA .

Inúmeras e fartas  evidencias científicas de que é possível que algumas formas de vida, especialmente microrganismos, sejam lançados  de seus mundos de origem pelo impacto de meteoritos ou cometas, sobrevivendo no interior de  fragmentos de rochas de seus mundos, lançados ao espaço na forma de meteoros, que finalmente  impactam  com outros corpos celestes, podendo sobreviver e consequentemente colonizá-lo. Assim, teoricamente, toda e qualquer  vida poderia se espalhar pelo universo.  Essa é a teoria da panspermia cósmica  e,  sendo assim,  a vida pode ser ainda mais abundante no cosmos, pois, não precisaria surgir em vários mundos, mas surgindo em apenas um já poderia colonizar muitos outros.

COMO  ENCONTRAR VIDA ALIENÍGENA NO ESPAÇO

Considerando  ser comum a vida no espaço, como então encontra-la ?

Para se detectar vida  extraterrestre, sinais de ondas  rádiotelescópicas são utilizadas para tanto, pois,  se  alguma civilização alienígena próxima apontar um radiotelescópio para nossa direção, poderá detectá-las. A possibilidade de sinais de rádio inteligentes foi expandida para a possibilidade de também haver feixes de laser, maser ópticos ou neutrinos cruzando a galáxia para comunicação .

O programa SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence — organização que faz pesquisas em busca de vida extraterrestre ), que em 1984, resultou na criação do conceituado  Instituto SETI, inicialmente financiado pela Agência Espacial Norte-Americana (NASA).  Onde ondas de rádio  são menos custosas,  e ainda, não requererem  direcionamento  preciso a   um alvo a viajarem longas distâncias no espaço.  Aquels que desejarem  podem ajudar no processamento desta gigantesca plataforma de dados por meio da iniciativa  – SETI@home, que se serve do tempo livre dos computadores individuais, conectados à internet cadastrados,  criando assim um supercomputador virtual para pesquisas espaciais.

Assim sendo, o SETI  desde então  vem operando,  tornando-se  a única resposta vindo do cosmos  de vida inteligente;  quando  em 1977  ocorreu  o interessante, e excitante “ Sinal Wow ! “ –  com equivalência  à expressão “uau” no Brasil .

TUITANDO O UNIVERSO.

O maior radiotelescópio operando no mundo atualmente,  encontra-se em  Arecibo – Porto Rico, sendo que em 2012,  enviou  uma coleção de 10 mil mensagens do aplicativo Twitter à  origem do sinal Wow, o aglomerado estelar M55, na Constelação de Sagitário.

Inúmeras outras formas  de comunicação  foram enviadas a bordo de espaçonaves destinadas a viajar enormes distâncias no Sistema Solar,   sendo os mais importantes são os discos fonográficos de ouro levadas a bordo das sondas espaciais Voyager 1 e 2, cujos vôos  devem durar  milhões ou bilhões de anos.

Carregam estes discos inúmeras  saudações humanas em 55 idiomas, sons e imagens comuns relativas à  Terra, de pessoas de diversas etnias e animais, além de algumas músicas. Todo conteúdo foi criteriosamente selecionado por um comitê liderado pelo falecido astrônomo Carl Sagan. A Voyager 1 é  primeira e única sonda  oficialmente a deixar o Sistema Solar e já se encontra  a mais de 20 bilhões de quilômetros de distante da terra.

 

COMUNICAÇÃO COM ETS.

Todas essas  iniciativas, procuram inteligências extraterrestres capazes de se comunicar conosco. Mas talvez elas não sejam tecnologica ou biologicamente aptas a conseguir tal intento.  Assim como nós,  também ainda não somos aptos a nos comunicarmos eficientemente com outras inteligências da Terra, tais como chimpanzés, elefantes, golfinhos e  aves. Neste caso, o procedimento deve ser o mesmo adotado para procurar vida  inteligente no cosmos.

A humanidade vem  lançando há décadas  inúmeras e diversificadas  sondas  espaciais, civilizações alienígenas podem também ter lançado as suas próprias há muitos milhões ou bilhões de anos. Algumas delas podem até  mesmo já estar extintas e terem suas sondas ainda operando no espaço, alimentadas por reatores nucleares ou outras formas de energia.

 

CONFLITOS E HARMONIA.

Existe uma busca comum  por informações sobre vida extraterrestre inteligente, tanto a  astrobiologia quanto a  Ufologia, efetivamente competem e cooperam entre si na busca de respostas. Competem  no momento em que a  Ufologia alega ser evidente a presença de inteligências extraterrestres presentes ou visitando  a Terra, enquanto que  a astrobiologia permanece com seu tradicional  ceticismo e pragmatismo científicos. Por outro lado, a astrobiologia coopera  intimamente com a Ufologia,  quando revela segredos, cuja  natureza  reúne evidências concretas e robustas sobre a possibilidade de vida alienígena, como a descoberta de milhares de planetas fora do Sistema Solar, os exoplanetas, organismos terrestres que sobrevivem a condições ambientais extremas da Terra e do espaço, os extremófilos, tudo seguindo rigorosos estudos científicos.

Por outro lado a Ufologia coopera com a astrobiologia quando não descarta  nítidas e incontestáveis  evidências testemunhais e documentais governamentais,  que são abundantes e diversificadas, relativas a uma possível ação de mentes extraterrestres na Terra no presente e/ou no passado.  Esse conflito intelectual entre duas visões de mundo e a corrida por evidências, parece saudável e benéfico para o conhecimento de mundo e autoconhecimento do ser humano. Devemos então  manter nossas mentes abertas ao conhecimento, mas com respeito mútuo, raciocínio lógico e crítico.

 

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