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Campanha promove conscientização sobre hanseníase em Artur Nogueira

Profissionais de saúde dos PSFs podem tirar dúvidas da população sobre sintomas e prevenção da doença.

Por: Correio Nogueirense
08/01/2022

O Dia Mundial de Combate e Prevenção da Hanseníase é celebrado sempre no último domingo do mês de janeiro. Neste ano, a data cai no dia 30 e o tema da campanha é “Precisamos falar sobre hanseníase”. A data é símbolo do Janeiro Roxo e visa chamar a atenção das pessoas para a doença, que tem tratamento e cura. O preconceito ainda é um dos grandes desafios no combate à hanseníase.

A hanseníase é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium Leprae, também conhecida como bacilo de Hansen (em homenagem à Gerhard Hansen, o médico e bacteriologista norueguês descobridor da doença, em 1873). O bacilo se reproduz lentamente e o período médio de incubação e aparecimento dos sinais da doença é de aproximadamente cinco anos, de acordo com informações da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Os sintomas iniciais são manchas na pele, resultando em lesões e perda de sensibilidade na área afetada. Também pode acontecer fraqueza muscular e sensação de formigamento nas mãos e nos pés. Quando os casos não são tratados no início dos sinais, a doença pode causar sequelas progressivas e permanentes, incluindo deformidades e mutilações, redução da mobilidade dos membros e até cegueira.

A Prefeitura de Artur Nogueira, por meio da secretaria de Saúde, iniciou o ano de 2022 com a Campanha Janeiro Roxo, que previne e combate à hanseníase – doença infectocontagiosa causada por uma bactéria, o bacilo de Hansen.

A campanha traz para a população um alerta sobre a doença, que pode causar incapacidades físicas, principalmente nas mãos, pés e olhos. Para atentar os moradores sobre os riscos da doença, profissionais dos Postos de Saúde Familiar (PSFs) têm orientado os pacientes em caso de dúvidas sobre os sintomas e forma de prevenção. Além disso, foram disponibilizados folhetos e cartazes informativos nas unidades.

“Apesar de ser uma doença silenciosa, não deve ser menosprezada. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 210 mil pessoas são diagnosticadas com hanseníase a cada ano no mundo, sendo o Brasil o segundo país com maior número de casos novos notificados. Os moradores devem procurar informações da doença e tomar todos os cuidados orientados pelos profissionais”, destacou a coordenadora da VISA, Milena Sia Pierin.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), cerca de 30 mil novos casos da doença são detectados todos os anos no Brasil. No mundo, cerca de 210 mil novos casos são reportados anualmente, dos quais, 15 mil são de crianças. Segundo a Opas, a hanseníase é encontrada em 127 países, com 80% dos casos na Índia, Brasil e Indonésia (dados de 2018).

Segundo especialistas, a transmissão ocorre por contato contínuo, quando uma pessoa com hanseníase, que não faz o tratamento, elimina no ar, por meio da fala, tosse, espirro, o microrganismo, infectando outras pessoas.

QUAIS OS SINAIS E SINTOMAS?

Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração da sensibilidade (calor, frio, tato, dor), que podem estar principalmente nas mãos, pés, face, orelhas. Áreas com diminuição do pelo e do suor. Dor e sensação de choque, formigamento, fisgadas e agulhadas nos nervos dos braços e pernas. Inchaço nos pés, úlceras de pernas e pés, caroços no corpo avermelhados e dolorosos.

Por não sentir dor, o paciente, em muitos casos, não repara nos sintomas e não sinaliza em consultas de rotina. É importante estar atento aos sinais, o diagnóstico precoce evita a transmissão e instalação de incapacidades físicas.

Caso o morador apresente algum dos sinais, a Secretaria de Saúde orienta a procurar o PSF mais próximo para agendar uma consulta. A hanseníase tem cura e o tratamento é gratuito pelo SUS, através das Unidades Básicas de Saúde. “Não deixe o cuidado com a saúde para depois. Quanto mais cedo identificar, mais chances de evitar sequelas”, finalizou Milena.

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