Em Campinas, lojas de rua e de shoppings devem permanecer fechadas a partir desta segunda-feira (22), em cumprimento a decreto baixado pela prefeitura municipal. Estabelecida como forma de enfrentamento à covid-19, a medida segue em vigor até a próxima segunda-feira (29), podendo ser prorrogada por mais uma semana.
Durante o período, fica autorizado o atendimento de restaurantes por meio de entrega (delivery) ou retirada de produtos no local, em esquema drive-thru, isto é, organizado de tal modo que os clientes possam buscar o que encomendaram permanecendo dentro dos veículos. Atividades consideradas essenciais, conforme dispõe o Decreto nº 20.782 podem continuar funcionando, sob condição de que adotem todas as recomendações sanitárias.
De acordo com o Plano São Paulo, divulgado pelo governo estadual no final de maio, a região de Campinas enquadra-se, atualmente, na fase laranja. A classificação identificada com essa cor indica que a cidade está na fase de controle e, por isso, pode reabrir alguns pontos comerciais. Em nota, a prefeitura de Campinas destaca que o governo informou, na última sexta-feira (19), que irá emitir nota técnica recomendando que o município feche o comércio não essencial.
Para o prefeito, Jonas Donizette, a restrição das atividades comerciais tem um caráter educativo, de consolidar a percepção de que ainda não é possível retomar a rotina normalmente. Um artigo escrito em parceria com pesquisadores da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) mostra a importância do isolamento social, e diz que a medida evitou a morte de aproximadamente 10 mil pessoas no país.
Outro fator que pesou na decisão da prefeitura foi a tentativa de se reduzir a taxa de ocupação de leitos hospitalares, que já atinge 72,4% entre os de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e de 52,4% em enfermarias. No início de maio, cerca de 27 pessoas eram internadas a cada dia. Recentemente, o número subiu para 140.
Segundo balanço atualizado na manhã de hoje pela prefeitura, o município contabiliza 5.751 casos confirmados de covid-19 e 213 óbitos. Os dados indicam ainda 512 casos suspeitos da doença e 30 mortes em investigação.