Pesquisar
Close this search box.

Comissão irá investigar quem autorizou os pagamentos irregulares na SAEAN em 2017

Requerimento que pede abertura da comissão foi feita pelo professor Adalberto (PSDB), no qual irá investigar a presidente do partido que ele representa, para saber quem autorizou os pagamentos feitos na época e se ainda esses pagamentos são realizados.

Por: Correio Nogueirense
14/08/2019

Após ouvir críticas sobre a veracidade da denúncia contra o prefeito Ivan Vicensotti (PSB) e vê o nome da presidente do seu partido ligado sobre o pagamentos excedido no valor de R$ 43.936,83 realizados em 2017 quando trabalhava na SAEAN, apontado pelo Tribunal de Contas, o vereador Adalberto Di Lábio (PSDB) enviou o requerimento de Nº 035/2019, para que fosse aberto uma comissão para investigar esses pagamentos feitos aos funcionários que foram exonerados da SAEAN e que receberam os pagamentos excessivos apontado pelo Tribunal de Contas.

Após a sessão, o Correio Nogueirense conversou com o vereador para saber como aconteceram essas denúncias e como foram feitos os pagamentos. “Essa comissão é para mostrar quem realmente autorizou este pagamento, até então a Doutora Gabriela Montoya ela poderia ser contratada pela referência 52 da prefeitura, mas até onde eu sei não foi ela que aumentou o próprio salário dela, ela foi contratada através de um decreto do executivo com a referência 59 e depois de contratada, o João Santa Rosa como presidente da SAEAN, tinha a autonomia para dar a gratificação que ele deu. Na verdade eles estão sendo acusados, entre aspas, de ter recebido valores indevidos e que devem devolver aos cofres públicos. ”

O educador falou como vai funcionar a comissão e de como será a investigação. “A comissão vai investigar para ver o porquê eles receberam esses valores e os funcionários que ocuparam os cargos daqueles que foram demitidos, se eles voltaram a receber os valores antigos ou se continuaram a receber aquela remuneração. Durante a semana eu questionei a Doutora Gabriela Montoya, conversamos, falei para ela que iríamos criar essa comissão e obrigatoriamente quem faz o requerimento pode ser presidente da Comissão, então eu vou trabalhar como presidente e os outros quatro membros serão indicados pelo presidente da Câmara. ”

Questionado, Professor Adalberto explicou a diferença de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para comissão. “Eu durante a sessão até corrigi, eu tinha falado CPI e depois corrigi para comissão. CPI já investiga diretamente a pessoa e porque ele cometeu aquele provável erro como de improbidade administrativa. No caso da comissão de assuntos relevantes, o tribunal de contas já fez o apontamento deste recebimento, provavelmente indevido, só que entendemos que os ex-funcionários estão sendo tratados como réus, e o tribunal apontou que eles fossem investigados. Se a funcionária recebeu, quem foi que contratou? Quem autorizou a referência? Ela não poderia autorizar a referência para ela mesma, ela não assinou portaria nenhuma e ela foi contratada por um decreto. Então é basicamente isso, nós queremos mostrar quem foi o responsável, posso estar enganado por estar defendendo os interesses da população, mas é bem mais fácil existir um caso de improbidade administrativa de quem contratou ela por decreto, do que ela ter recebido. Se ela realmente for condenada, só cabe a ela devolver, agora a quem autorizou a contratação com uma referência indevida e quem assinou a portaria para dar uma gratificação o tratamento é certamente diferenciado. ”

Após explicar as diferenças, o vereador falou como serão os passos para a criação da comissão após a aprovação do requerimento. “Hoje foi votado o requerimento, agora o presidente da Câmara tem dez dias para indicar os membros, inicialmente ele deve abrir a todos os interessados e provavelmente que terá de três a cinco indicados e se houver mais de quatro interessados o presidente da Câmara vai indicar de acordo com as designações partidárias na casa. Eu já quero adiantar aqui que é de interesse meu e do PSDB apontar quem realmente errou, se foram os funcionários que erraram eles serão orientados a fazerem a devolução, mas isso não quer dizer que eles são culpados. ”

Para finalizar o edil tucano foi questionado se isso não seria uma saída política e se a presidente do PSDB não poderia ter evitado esse tipo de erro estando na política há algum tempo. “Eu prefiro me posicionar da seguinte maneira, se ela for condenada e realmente foi culpada, o próprio PSDB vai orientá-la, como também vai fazer com o senhor João Santa Rosa que fez um excelente trabalho na SAEAN e aos outros dois funcionários que foram demitidos por outros problemas que não vem ao caso. Eu como represento o PSDB, eu vejo como questão de honra, a presidente do partido está envolvida, então se ela recebeu indevidamente tem que devolver. Agora, a culpa é de quem? Hoje se dá a entender que muitas pessoas acham que João Santa Rosa e a Gabriela Montoya aumentaram o próprio salário, isso não aconteceu e a referência vem da prefeitura municipal. Eu não sei te dizer exatamente o valor, mas essas referências foram criadas na prefeitura para apontar o salário que cada funcionário vai receber efetivamente. O que fica mais claro é que maior a referência, maior é o salário e eu não quero falar de valores para não passar informação errada. ”

O Correio Nogueirense entrou em contato com a presidente do PSDB no município, Gabriela Montoya e não recebemos o retorno dela sobre a abertura desta comissão que irá investigar quem foi o autor desta autorização para o recebimento da gratificação.

Comentários

Veja também