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Como a solidão pode afetar sua saúde física

É a solidão que gera doenças ou são as doenças que nos fazem sentir mais isolados?

Por: Correio Nogueirense
10/03/2018

Todos nos sentimos sós em algum momento das nossas vidas. Para muitos é um sentimento passageiro e eventual, mas, para alguns essa solidão se torna crônica.

Vários estudos têm vinculado essa solidão crônica e o isolamento social a uma maior incidência de doenças e a um risco maior de morte prematura. Os cientistas, no entanto, desconhecem qual o mecanismo exato por trás desta relação, que não é necessariamente de causa e efeito.

É a solidão que gera as doenças ou são as doenças que nos tornam mais isolados?
De qualquer forma, as pesquisas deixam claro que a solidão e o isolamento social estão ligados a doenças mentais e físicas.

1. Maiores riscos de doenças cardiovasculares
A solidão está associada a um aumento de quase um terço do risco de sofrer doenças cardiovasculares, como problemas de coração e derrames cerebrais. Nicole Valtorta, da Universidade Newcastle, no Reino Unido, estudou o fenômeno e disse à BBC que três mecanismos podem explicar essa correlação.

Um deles é psicológico: as pessoas que se sentem só com mais frequência têm mais chance de desenvolver depressão, ansiedade e se sentir mais infelizes.

O outro é biológico: quem se sente só com frequência e apresenta os sintomas psicológicos acima acaba dormindo pior.

O terceiro mecanismo é comportamental: as pessoas que se sentem isoladas podem acabar adotando comportamentos prejudiciais à saúde, como fumar e comer demais ou se exercitar menos.

2. Menor habilidade para combater doenças comuns
Um estudo das universidades da Califórnia e de Chicago, publicado em 2015 na revista especializada PNAS, investigou o efeito celular da solidão em humanos e macacos, e concluiu que o sentimento de isolamento pode reduzir a eficiência do sistema imunológico

3. Pressão sanguínea mais elevada
Outro estudo da Universidade de Chicago concluiu que as pessoas que sofrem de solidão têm maior probabilidade de ter pressão sanguínea mais alta no futuro.

4. Risco maior de morte prematura
O isolamento social e a solidão estão associados a um aumento de 30% no risco de morte prematura, segundo um estudo da Universidade Brigham Young, dos Estados Unidos, publicado em 2015 na revista da Association for Psychological Science. Eles concluíram que, ao contrário do que poderia parecer, “os adultos de meia-idade têm um risco maior de mortalidade quando sofrem de solidão crônica ou vivem sozinhos do que adultos idosos com as mesmas características”.

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