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Coreto de Artur Nogueira recebe nome de Coreto Antonio de Faveri Neto

O projeto de lei foi aprovado por unanimidade na câmara

Por: Correio Nogueirense
28/02/2018
Arquivo da família

Outro Projeto de Lei votado e aprovado na câmara municipal na segunda-feira (26) foi o PL que nomeia o coreto da Praça Governador Laudo Natel. O coreto agora recebe o nome de Coreto Antonio de Faveri Neto. A proposta foi aprovada por unanimidade pelos vereadores de Artur Nogueira.

O projeto foi proposto pelo Poder Executivo, mas a ideia partiu da diretoria da Corporação Musical 24 de Junho. Uma homenagem a um dos membros da banda, conhecido como Seu Nico, que faleceu em 14 de setembro de 2010. De acordo com o projeto de lei Seu Nico contribuiu de maneira constante para o desenvolvimento do município e foi alguém de notável valor para a sociedade nogueirense e por isso recebe essa honra.

“Em vida por mais de 50 anos ele tocou na banda, ajudou em outros setores. A banda era sua segunda casa. De onde ele tá deve estar muito feliz,” comentou emocionado Reinaldo Amélio Tagliari, “Melinho”.
O documento ainda complementa que dar a locais públicos nomes de pessoas é uma forma de manter vivos esses indivíduos na memória da cidade. Sendo importante agregar valor ao que fizeram pelo município, se tornando inclusive inesquecíveis. “Ele ficará na memória dos que estão aqui agora e dos que ainda virão. Ele merece muito”, completou Melinho.

BIOGRAFIA DE ANTONIO DE FAVERI NETO, “NICO DO BEPIN”

Arquivo pessoal

Nascido em 11 de julho de 1936, no Bairro denominado Palmeiras, em Artur Nogueira.

Filho de, José de Fáveri (Bepin de Fáveri) e Maria Julietti.

Foi casado com Magdalena Lück de Fáveri, de cujo matrimônio tiveram os filhos; Mafalda de Fáveri de Sá, Eva Edivalda de Fáveri Tagliari e Beatriz de Fáveri Greter.

Estudou no primário, na antiga Escola Estadual Francisco Cardona (localizado no centro da cidade, existente até os dias de hoje), tendo cursado somente até o primário, à época.

Quando na juventude, trabalhou na área rural (antiga roça), na propriedade de seu pai, no Bairro Palmeiras, nesta cidade de Artur Nogueira, no cultivo de laranja, algodão, milho, cana de açúcar, mandioca, entre outras plantações, à época.

Trabalhou também, como motorista, com o transporte de cana de açúcar, produção própria da família, bem como, no transporte de cana, para outros produtores, entregando o produto na Usina Ester, em Cosmópolis.

Herdou do pai parte da propriedade rural, que foi repartida com os outros irmãos, onde trabalharam em conjunto, vindo depois de um certo tempo a venderem a propriedade, vindo morar na cidade de Artur Nogueira.

Quando ainda residente no sítio, era uma das pessoas, entre outras, chamadas pelo, então pároco da cidade, “Padre Edison”, para ajudar na realização de angariar prendas e doações, para a construção do “Educandário” e para a realização da festa da Paróquia.

Já residindo na cidade, sendo proprietário de um caminhão, continuou a fazer o transporte para terceiros, de cana de açúcar e outros produtos da zona rural, para os seus destinos.

Depois de um certo tempo, desfez-se do caminhão, vendendo o mesmo, em seguida adquiriu um comércio, com os serviços de Bar, na Rua 15 de novembro, na Vila São Vicente, onde trabalhou com a esposa, por anos e anos seguidos.

Passado tempos, vendeu o estabelecimento comercial, passando a trabalhar como pedreiro, realizando muitos e muitos serviços de construção, na cidade e também na zona rural, construindo barracões e outros tipos de construções utilizadas nos sítios.

Trabalhou como pedreiro, por muitos anos seguidos, vindo a se aposentar, porém, não deixou a profissão, continuando esses serviços.

Na Vila São Vicente, local que morava, colaborou na construção da primeira Igreja de São Vicente de Paula, localizada na Rua Júlio Caetano, esquina com a Rua Maria Marson Sia, que existe até os dias de hoje, porém, reformada e ampliada.

Trabalhava nas festividades da Igreja, em comemoração a São Vicente de Paula, realizada ao redor da Igreja, montando as barracas e auxiliando na realização da festa, para angariar recursos para a comunidade.

Trabalhou muito nos encontros de casais, chamado à época de “FNM”, que era realizado no Educandário Nossa Senhora das Dores.

Foi músico desde criança, tocando em um conjunto musical, do próprio pai, (José de Fáveri), tocando clarineta e sanfona, tendo realizado diversos bailes na cidade, bem como, abrilhantaram muitas festas de casamento, na cidade.

Trabalhou juntamente com a esposa na entidade Assistencial “AIDAN”, por vários anos, ajudando um pouco, na construção e posteriormente, nos eventos. Pessoa de fino trato, muito dócil e brincalhão, estimava e cultivava as boas amizades.

Iniciou-se na música, muito jovem ainda, aos nove anos de idade, tocando clarineta, sax e sanfona.

Foi integrante da “Corporação Musical 24 de Junho”, a tradicional “BANDA”, por mais de cinquenta anos seguidos, onde juntamente, com outros músicos, tocavam, gratuitamente, por amor à música e à “BANDA”.

Muitas vezes, com seu próprio veículo, uma camionete pampa/Ford, transportava os instrumentos e os equipamentos da “BANDA”, quando de suas apresentações em outros locais, em especial, no Coreto da Praça central da cidade.

Além de integrar a “Banda”, como músico, foi membro voluntário, integrando a Diretoria da “Corporação Musical 24 de Junho”, por vários anos seguidos.

Sua ligação com a “Banda” era um caso de dedicação e muito amor pela Instituição.

Sua esposa Magdalena Luck de Fáveri (D. Lena), por vários anos, foi cuidadora da limpeza e conservação das dependências da sede da Banda.

Por ocasião de seu falecimento, como homenagem póstuma, da Corporação, por intermédio do maestro “Ricardo”, os membros da Diretoria e os músicos, pediram à família, para que o seu corpo fosse velado, nas dependências da “Corporação”, prestando depois, uma última homenagem, tocando músicas fúnebres e acompanhando seu corpo até o local de seu sepultamento.

Veio a falecer em 14 de setembro de 2010.

Informações fornecidas pela filha Eva Edivalda de Fáveri Tagliari.

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