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Crimes contra a mulher: Combate à violência obstétrica

Perito Judicial e Analista Criminal Rildo Silveira promove campanha de apoio as mulheres vítimas de violência obstétrica.

Por: Correio Nogueirense
18/04/2019

A violência obstétrica, atinge 25% das mulheres brasileiras e é caracterizada como todo tipo de agressão, por violência verbal, física, sofrida durante a gestação, parto ou pós-parto. Países como Argentina e Venezuela, por exemplo, já tipificaram a violência obstétrica como crime. No Brasil, embora não exista uma legislação específica, o crime é enquadrado como lesão corporal, crime contra a honra ou omissão de socorro.

Infelizmente a violência obstétrica é um tema raramente enfrentado tanto pela mídia quanto pela mesma sociedade omissa e negligente. A violência obstétrica é um crime terrível que além de causar danos físicos e psicológicos (em muitos casos permanentes), acaba com a dignidade da mulher que naquele momento se encontra no estado emocional-físico mais delicado e vulnerável pois está próxima a ser mãe.

“O que me deixa muitas vezes sem palavras e que mostra a pura incoerência das pessoas, é o fato que em vários grupos que se auto-definem ativos no combate á violência contra a mulher, é raro abordarem um tema tão importante como a “violência obstétrica” que representa uma das piores forma de violência contra mulher que inclusive em muitos casos chega a ser até tortura física e psicológica. É preciso ressaltar também o importante trabalho da ONG Artemis e da Defensoria Pública do estado de SP que desde 2013 trabalham fortes e firmes no enfrentamento á violência obstétrica”, explica o perito.

Rildo fala o motivo de ter criado a campanha de apoio as mulheres vítimas de violência obstétrica,”Criei a Campanha pela quantidades de casos que existem, pelo fato que inúmeras mulheres por causa deste crime estão com a própria vida e dignidade destruída e violada e pelo fato também que existem muitos casos de suicídios e tentativas de suicídios devidos aos traumas causados por esta violência. Este meu projeto será apresentado em várias delegacias de policia civil, em órgãos estaduais e federais além de hospitais públicos e privados”.

Segundo Rildo seu projeto não tem lucre e ninguém financia, ele faz para alertar e ajudar as mulheres. “Não tem ninguém que financia este meu projeto, nada de lucro nada de interesse, é tudo feito por mim de acordo com relatos de muitas vítimas e é preciso que a sociedade tome consciência com este crime que acaba com a vida de muitas mulheres: jovens e adultas. Preparei uma cartilha com muitas informações atualizadas sobre a realidade da violência obstétrica, que será distribuída e entregue em Delegacias Regionais, Delegacias Especializadas de Atendimento á mulher, Departamento de Policia Federal, Ministério Público Estadual e Federal, Varas de Famílias e também em Faculdades e Colégios Públicos e Particulares para ajudar e conscientizar”.

É preciso entender que as mulheres se sentem desrespeitadas, pois seus sentimentos não são reconhecidos e são tratados como uma coisa boba, e isso é o que mais acontece nos casos de violência obstétrica nas instituições de saúde durante o atendimento ao pré-natal, parto, aborto ou puerpério. O termo violência obstétrica é relativamente novo, embora as mulheres sejam desrespeitadas quando procuram atendimento a sua saúde sexual e reprodutiva há muito tempo. Isso porque existe a tendência a tratar qualquer tipo de violência contra a mulher como algo natural, que é assim mesmo.

“Se a mulher reclama do tratamento rude de um profissional de saúde, dizem que ela mereceu ou que ela provocou a situação. Ou, ainda, que o profissional estava estressado ou cansado e que a mulher deve relevar a violência sofrida. Vamos juntar as forças para conscientizar a sociedade sobre drama que diariamente muitas mulheres sofrem. A defesa dos direitos da mulher deve ser total e não limitado. Precisamos divulgar, mostrar conscientizar e aprender ao mesmo tempo a fazer cada um de nós o nosso papel nessa importante causa pois, repito, a violência obstétrica é um tipo de violência que existe mas que por causa da omissão e da negligência da nossa sociedade é pouco conhecida. Isso é muito ruim pois inúmeras pessoas acham que “violência obstétrica é uma coisa rara ou que não tem relevância como a violência doméstica. Este é um grande erro : colocar na balança um crime com outro. Tenham consciência por favor”, pede o perito Rildo Silveira.

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Rildo finaliza agradecendo. “Agradeço a Doutora Paula Mary (Delegada de Policia Federal) e a Doutora Letícia Mobis (Delegada de Policia Civil) pois é através destes dois grandes exemplos de vida e profissional que continuo forte e firme acreditando sempre num mundo melhor”.

Quem é Rildo Silveira?

Perito Judicial Especialista em Análise Criminal registrado no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
Áreas de atuação Profissional como Perito Judicial e Analista Criminal: Crimes contra Crianças e Adolescentes (Pedofilia-Abuso e Exploração Sexual Infantil) – Violência Doméstica contra a mulher – Crimes de Denunciação Caluniosa

Especializado em Técnicas de Busca de Pessoas Desaparecidas
Perito em Computação Forense e Perícia Digital APECOF (Associação dos Peritos em Computação Forense)

Consulta Curriculum e registro Profissional: https://www.apecof.org.br/index.php/associados

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