Com o tema Acelerando ação para o futuro sustentável, a Organização das Nações Unidas (ONU) realizou, em Nova York, sua conferência anual sobre a água. No encontro, os países representados na ONU discutem o risco iminente de uma crise hídrica mundial.
“Estamos drenando o sangue vital da humanidade por meio do consumo vampiresco e uso insustentável [da água] e evaporando-o por meio do aquecimento global”, disse o o secretário-geral da ONU, António Guterres. A proposta do evento é decidir ações conjuntas que possam transformar esse cenário nos próximos anos.
Diferentemente de outras reuniões climáticas, a conferência das Nações Unidas não pretende produzir acordos vinculantes, como o de Paris, assinado em 2015, e sim engajar os países em soluções que possam ser implementadas até 2030. De acordo com o secretário-geral, a reunião deve resultar em “uma ousada Agenda de Ação Hídrica, que dá à força vital do nosso mundo o compromisso que ela merece”.
A comitiva brasileira na conferência tem cerca de 50 representantes, entre membros do governo e da sociedade civil.
O secretário-geral Antonio Guterres destacou que cerca de três em cada quatro desastres naturais estão ligados à água. Para Guterres, existe uma lacuna na gestão da água, e os governos precisam desenvolver e implementar planos que garantam acesso equitativo ao o recurso.
O secretário-geral propôs também investimento massivo em sistemas de água e saneamento, lembrando que as nações mais ricas devem mobilizar recursos para apoiar as economias emergentes.