O presidente da Câmara Municipal de Artur Nogueira, Adalberto Di Lábio (PSD), em sua fala livre na sessão do dia (08), rebateu críticas que segundo o parlamentar, ele e a Casa de Leis vem recebendo pelas redes sociais.
“Por que quando a gente chega aqui assim meio toupeira e fala algumas verdades, aí vão pra mídia e diz que aqui, nessa bancada é só mimi e que um dos maior dos mimi é um tal de “Adal”, mas eu já me acostumei com as três vidas que eu tenho, a mais importante vida que tenho é aquela que eu realmente tenho”, diz Di Lábio.
Em sua fala, ele diz que começou a trabalhar muito cedo. “Comecei a trabalhar com onze anos de idade, eu já catei lata, já catei ferro velho, papelão, eu já engraxei sapato. Meu primeiro registro em carteira foi em 1976 “.
Segundo o presidente da Casa ele não tem nada a esconder. “É a vida de pai, é a vida de pastor, é a vida de professor é a vida de um vereador atuante, um vereador que está trabalhando e está apresentando seus trabalhos, é a vida que eu levo com a mesma mulher há 35 anos, com dois filhos criado, avô de um neto, esta é a minha vida, não tenho nada a esconder, minhas contas são abertas, minha declaração de imposto de renda ela é pública, quem quiser ver eu não tenho nada para esconder porque a nossa vida ela precisa ser um livro com escrito, mas aberto para que todos leiam, essa é a minha vida”.
“Eu olho para os meus filhos de cabeça erguida e com a honra de ter ouvido deles que: ‘quero ser igual ao senhor um dia’ ou então ouvir de um deles: ‘Pai, dificilmente eu serei igual ao senhor, porque o senhor é muito certinho'”.
“Não sou o melhor de todos os homens, jamais. Sou pecador, erro, falho, mas eu procuro sempre fazer o melhor”, diz o vereador.
Adalberto cita que ele tem uma “segunda vida”. “Mas tem uma segunda vida que dizem que eu tenho, que eu sou riquinho, que sou filhinho de papai, que eu ganho muito dinheiro, que eu tenho dinheiro para distribuir, isso aí não sei de onde tiraram. Porque até faculdade eu cursei depois de casado”.
Di Lábio diz não ter vergonha de falar do seu passado. “Então essa vida de riquinho, filhinho de papai ela nunca existiu, porque as pessoas que falam isso, não conhece a gente, volto a repetir, não tenho vergonha de falar do meu passado e quem foi meu aluno conhece isso, eu catei ferro velho para vender e comprar comida e isso não me faz nem melhor e nem pior do que ninguém, só me ensinou”.
Em sua fala, o presidente da Casa de Leis de Artur Nogueira diz, “o que mais me incomoda é algumas pessoas que tem a vida suja, o nome sujo, etc… que não tem família, que está destruído, que o nome está na boca do povo. Amanhã eles vão fazer a matéria, pode buscar, vão na boca do trombone, vão falar que eu estou com mimi”.
“O camarada fica guardado na cadeia e vai bater em um cara que trabalha há 47 anos, isso é inadmissível, então essa terceira vida que alguém diz que eu tenho ou que nós temos ou quando diz que todo vereador aqui é ladrão, quem faz isso, analisa a sua vida primeiro. Analisa a vida primeiro e vê se você pode colocar sua história pública para todo mundo ler”, questiona Di Lábio.
Ele diz a revolta que sente muitas vezes. “Eu fico revoltado e às vezes, não fico revoltado só por mim não, é pelos homens e pela vereadora que estão aqui, eu conheço boa parte da vida de vocês”.
“Aí o cidadão vai lá e vai falar: ‘Na Câmara municipal, 12 cadeiras, 12 ladrões, e no Executivo 12 ladrões’, vai precisar provar, tem coisa que não dá para engolir, não”, fala o presidente da Câmara Municipal.
Adalberto diz que está sempre aberto ao diálogo. “Vai lá e poste verdade, se for verdade, a gente vai até conversar, vai até rebater, com bastante segurança e tratar com equidade, com lealdade, mas as pessoas estão sendo desleais, isso é ser desleal, quando você fala da vida de um cidadão que você nem conhece, causa revolta”.
O presidente da Casa diz que fica pensando até onde vale a pena pegar as Leis e ficar dois três meses em cima delas para fazer uma mudança que beneficie o munícipe.
Ele cita como exemplo a mudança no código de obras, na Lei nº 103, que multava o munícipe que avançava o recuo frontal do imóvel, “sabe quanto era a multa por metro quadrado, segundo Lei votada nessa casa em 2013, R$ 5.000 reais o metro quadrado, não é brincadeira, com votação unânime nessa Casa, aí a gente vai ficar estudando, muda, hoje, de R$ 5.000 o metro quadrado para R$ 400 reais”.
Segundo Adalberto, muitas vezes o trabalho burocrático dos Edis não aparece na internet, “o seu trabalho de requerimento Zezé, não aparece, vão falar, inventando alguma coisa de você. Tudo bem, agora eu falei, pode ir e falar que fico de mimi”.
“Mas eu, que tive 22 anos em uma escola só, dei aula para o pai, para a mãe, para os filhos, eles me conhecem, então não é preciso eu ficar fazendo defesa minha”, destaca Adalberto.
Ele ressalta. “A gente só expõe esses fatos, porque dá nojo de ver os comentários publicados a respeito, e não só meu não, a respeito de muita gente”.
O vereador ainda continua. “Se cada um de nós, tomássemos conta da nossa vida e da nossa família, nosso mundo seria melhor”
Adalberto Di Lábio finaliza sua fala, citando, “Gil Gomes, saudoso, já faleceu, ele tinha um programa de rádio que ele dizia assim: ‘Se agirmos com dignidade poderemos não consertar o mundo, mas teremos menos pessoas de má índole, na verdade ele não falava essa palavra, ele falava uma outra, muito pesada. O nosso trabalho vai aparecendo”.