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Dia da mulher x luta permanente contra abusos

8 de março marca o dia internacional da mulher mas, há motivos para comemorar?

Por: Correio Nogueirense
08/03/2018

Em pleno Dia Internacional da Mulher, 8 de março, dados analisados por organizações internacionais como Organização das Nações Unidas e Organização Mundial da saúde mostram ainda um retrato sombrio sobre a situação global das mulheres atualmente e mostram que há pouco a ser comemorado no contexto internacional, nacional e municipal.

As mulheres representam 49,5% da população mundial, segundo o Banco Mundial, e 70% delas será vítima de violência em algum momento da vida. Embora a violência seja um tema urgente, os obstáculos enfrentados por mulheres e meninas invadem outras áreas da vida, como a educação, saúde e política.

Mesmo que as mulheres já tenham conquistado muitos direitos ao longo dos anos, a igualdade de gênero ainda parece distante. Na prefeitura temos diversas secretarias que são administradas por mulheres, mas atualmente a câmara municipal de Artur Nogueira, por exemplo, não tem nenhum parlamentar do sexo feminino.

Falando sobre segurança, cerca de 503 mulheres são vítimas de agressões físicas no Brasil a cada hora, e uma em cada três brasileiras sofreu algum tipo de violência no último ano, seja psicológica, verbal, sexual ou física, as marcas ficam para sempre.

Em Artur Nogueira os números não são os mais positivos. Em outubro do ano passado Arieli Pinheiro dos Santos desapareceu do bairro onde morava e nunca mais foi vista. Outro caso foi o suposto estupro de uma menina de 15 anos com deficiência psiquiátrica. No entanto os suspeitos foram inocentados do crime pela Justiça do município. Mais um caso foi o de uma jovem de 18 anos, moradora de Cosmópolis (SP), que foi vítima de estupro no dia 24 de dezembro em Artur Nogueira.

O mais recente, Ana Paula de Araújo dos Santos, moradora do Parque Itamaraty, foi morta na terça-feira (6), a tiros enquanto trafegava com uma motocicleta pela Rua Vereador Júlio de Faveri. A suspeita é que o homicídio teve motivação passional.

Os números da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) mostram que no ano passado entre janeiro e agosto de 2017, cinco estupros foram registrados em Artur Nogueira. Em todo o ano de 2016, 12 estupros foram denunciados. Muitos casos ainda continuam desconhecidos por medo ou vergonha.

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