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Dois alunos do Colégio Anglo são semifinalistas do concurso EPTV na Escola

Guilherme Henrique Baltazar Oliveira e Maria Luiza Tagliaferro, se destacaram entre mais de 31 mil redações.

Por: Correio Nogueirense
18/09/2019
Guilherme, professor Paulo Munhoz e Maria Luiza. Foto: Colégio Anglo

Pela 10ª vez consecutiva desde 2010, quando o Colégio começou participar do concurso, um feito inédito para as escolas de Artur Nogueira, os alunos Guilherme Henrique Baltazar Oliveira e Maria Luiza Tagliaferro, do 9º ano, são dois dos três representantes de Artur Nogueira na semifinal do concurso de redações “EPTV na Escola”.

O tema deste ano é: “Quando a mentira parece verdade”. São 56 municípios de abrangência da EPTV Campinas, com cerca de 31 mil redações concorrentes. A etapa municipal escolheu 30 alunos de cada município. Em Artur Nogueira, cada escola poderia enviar até dez redações. Nove redações enviadas pelo Colégio Anglo foram escolhidas dentre as 30 da fase municipal.

A diretora pedagógica e proprietária do Colégio Anglo, Vivian Dutra, agradece ao empenho dos alunos e do professor. “Li todas as redações e todas estavam muito bem feitas, dentro do abrangente tema. Agradeço  ao empenho do Professor de Português, Paulo Munhoz e especialmente os alunos Guilherme Henrique e Maria Luiza, por ter nos presenteado com essa dupla classificação”.

“Saibam pais, que a nossa maior felicidade é ver o sucesso dos nossos alunos, de seus filhos, e constatar que nossos esforços não estão sendo em vão”, ressalta a diretora.

Ainda de acordo com Vivian, a proposta do Colégio Anglo é fazer uma escola onde o aluno se sinta bem, onde goste dos professores, das aulas, do ambiente e onde estude por prazer e não por obrigação.

“Peço a Deus que possamos continuar a trilhar os melhores caminhos com nossas crianças, afinal, eles são a garantia de um futuro melhor para o mundo”, finaliza a diretora.

 

Confira as redações selecionadas:

Guilherme Balthazar, 9º A

O presente, o futuro e que vem por aí

“Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes”. Suponho que nem o falecido jornalista e escritor Caio Fernando Abreu teria noção do quão verossímil e atual seria essa frase no mundo virtual em que estamos inseridos.
A internet foi um meio usado para aproximar as pessoas e não distanciá-las. Infelizmente, práticas abusivas e crimes virtuais, como as “fake news”, revestem a rede mundial de computadores com uma aura de perigo e insegurança.
Uma “fake news” pode destruir pessoas, sociedades, instituições e até civilizações que são influenciadas pelos seus conceitos de pós-verdade. Essas pessoas ficam presas numa esfera ilusória e limitadora, tornando-se incapazes de acreditarem nos fatos e deixando que seus pensamentos e crenças egoístas tenham mais valor que uma verdade.
É necessário que saibamos distinguir as mentiras das verdades, defender as nossas escolhas, mas jamais as julgarem como verdades que devem ser impostas e proliferadas com compartilhamentos e curtidas. Precisamos aprisionar os nossos preconceitos inconscientes, nossa visão egoísta de enxergar a realidade, exercer a nossa capacidade de discernimento, a fim de que estes não estimulem na escolha do que nós iremos acreditar ou não.
Somos uma geração privilegiada que teve a virtude de nascer e evoluir ao lado dessa ferramenta tão poderosa. Cabe a nós não deixar que a internet tome rumos exacerbados que interfiram brutalmente em nossa sociedade e fujam do nosso controle. Que o criador possa tomar as rédeas de sua criação para que o presente e o futuro continuem a ser beneficiados pelos verdadeiros objetivos oferecidos pela era virtual. Muito mais vem por aí e, portanto, muito mais será exigido de nós.

 

Maria Luiza Tagliaferro, 9º ano

A urgência da superficialidade

Urgência. Talvez seja essa a palavra de ordem do século XXI. As pessoas estão urgentes demais. Urgência nos relacionamentos, nas amizades, nas aquisições materiais e na necessidade de fazer parte do contexto. Nessa geração tecnológica na qual tudo se resolve com apenas um “click”, com muita facilidade e rapidez, as pessoas se deixam levar e são atraídas por superficialidades como curtidas e visualizações nas redes sociais. O que importa é estar antenado, conectado. Com celulares de última geração em mãos, cercados de aplicativos, imagens e vídeos, além de uma enxurrada de informações, as Fake News ganham um espaço cada vez maior e se tornam um dos grandes desafios dos tempos atuais. Sem averiguar se elas são verdadeiras ou não, pensando unicamente na popularidade que vão receber por serem os primeiros a divulgá-las, as notícias falsas são facilmente replicadas e fazem mentiras parecerem verdades com muita facilidade. Com isso, há pessoas e grupos de “profissionais” já especializados na criação das fake news. Seja fazendo o marketing digital de políticos e até “trabalhando” para empresas privadas com objetivos escusos e desleais, ou apenas e tão somente para prejudicar a vida de uma pessoa em especial, esses sabotadores ambiciosos enxergaram na divulgação de fake news um grande negócio, pois quanto mais clicks e compartilhamentos, mais popularidade, domínio e influência na formação de opiniões.
Diante deste cenário, resta a nós, jovens do século XXI, uma pergunta: queremos utilizar a internet para nos proporcionar liberdade de expressão com responsabilidade ou vamos aderir à onda da superficialidade que se espalha das redes sociais para a vida real e deixarmos as nossas opiniões, conceitos e valores serem manipulados sorrateiramente pelas fake news?

 

 

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