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“Estamos numa campanha que tem centenas de candidatos, mas muitos talvez não saibam quais são as funções do vereador”, diz Adalberto Di Lábio

O presidente da Câmara ressalta que infelizmente pessoas usam instituições, igrejas e outros meios da sociedade para, nesse momento, oferecer vantagem aos eleitores.

Por: Correio Nogueirense
07/09/2024

Durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de Artur Nogueira, o presidente da Casa Legislativa Alberto Di Lábio (PSD), leu seu pronunciamento e no texto ele falou sobre o período eleitoral.

O vereador diz que fez uma rápida meditação sobre a política nacional e a inversão de valores.

“Os valores representam e definem nosso perfil, personalidade e caráter. Antes de julgarmos alguém, precisamos conhecer os fatos de maneira clara para que não paire dúvidas sobre a decisão final. Os valores morais são formados por um conjunto de regras, leis e costumes que todos nós devemos respeitar. A inversão de valores é quando regras, leis e costumes não são seguidos pelo cidadão ou cidadã, assim a lei é infringida, fazendo exatamente o contrário quando diz que uma mentira é verdade ou que uma verdade é mentira”, diz o Edil.

Adalberto ressalta, “Mas as pessoas acreditam na impunidade, é racional que corremos também o conceito de moral e ética intrinsecamente ligado a este assunto e olha que saudade eu tenho das minhas aulas de educação moral e cívica do antigo colégio, hoje ensino médio”.

Di Lábio cita que a moral representa o nível de confiança e o respeito que temos ou deveríamos ter uns pelos outros, também podemos citar o conceito de moral ética.

“Também está ligado a este assunto, pois moral representa também o nível de confiança e o respeito que temos pelos outros por seguirmos as regras e através dessas características temos a ética, pois a pessoa tem ela através do seu apoio moral que recebe das pessoas quem infringe as regras cometendo a inversão de valores não tem moral, não tem ética, sendo então desrespeitado pelo todo da sociedade”.

O vereador menciona o momento político em que o Brasil vive em todo o seu território. “Estamos aí numa campanha que tem centenas de candidatos a vereadores, mas muitos talvez não saibam quais são as funções do vereador e qual o caminho que ele deve seguir”.

Ele diz de forma direta qual a função do vereador. “O vereador é a ligação entre o governo e o povo. Ele tem o poder de ouvir o que os eleitores querem propor e aprovar esses pedidos na Câmara municipal e fiscalizar se o prefeito e seus secretários estão colocando essas demandas em prática sempre baseado no orçamento da cidade que não é aqueles 300 milhões que foi falado, palavras ditas ao vento”, afirma.

Adalberto explica que ao vereador cabe elaborar as Leis Municipais e “fiscalizar a atuação do Executivo, no caso o prefeito. São os vereadores que propõem, discutem e aprovam as leis a serem aplicadas no município. Também é dever do vereador acompanhar as ações do Executivo, verificando se estão sendo cumpridas as metas do governo e se estão sendo atendidas as normas legais”.

Considerando esse fato, segundo o Edil, “Os vereadores devem estar preparados para representarem a sociedade que poderá elegê-lo e aqui o preparo necessariamente não é grau de escola, é o preparo da vida do dia a dia, do contato com a sociedade”.

“Os vereadores fazem parte do Poder Legislativo e discutem e votam matérias que envolvem impostos municipais, Educação Municipal, linhas de ônibus e saneamento, entre outros temas da cidade. Cada vereador é eleito de forma direta pelo voto, tornando-se um representante da população; por isso, deve propor projetos que estejam conforme os interesses e o bem-estar do povo, lembrando que se for um projeto que gera ônus, gera gasto para o município, o vereador não pode propor. Ele pode até fazer o projeto e mandar via indicação, como esta casa tem feito em várias oportunidades”.

Di Lábio avalia que, infelizmente, é possível ver através dos meios de comunicação que muitos políticos estão buscando eleição ou reeleição realizando promessas aos cidadãos, tais como cestas básicas, casa própria, emprego, entre outras benesis.

Sendo que existe a possibilidade, segundo o vereador, de serem patrocinados por alguém ou por uma instituição. “A compra de votos é a oferta de promessas, entrega de bens, dinheiro, material de construção, reforma das estradas, doação de combustível, cesta básica, casa própria, promessa de emprego, favorecimento comercial, atendimento médico com o objetivo de obter o voto do eleitor, respondendo pelo crime tanto o aliciador quanto o eleitor, ainda que o aliciador não seja o próprio candidato, mas o seu cabo eleitoral”.

“Veja bem, eu não usei a nossa cidade como referência, eu falei que nós vemos nas redes de comunicação nesse vasto Brasil”, diz Adalberto Di Lábio.

“Infelizmente acontece, pessoas usam instituições, pessoas usam igrejas, usam outros meios da sociedade para, nesse momento agora, oferecer vantagem aos eleitores. Eu sempre digo, seu voto tem muito poder, não venda seu voto. Porque ele valerá só o preço que você recebeu e não terá o direito de cobrar nada depois”, o presidente da Casa Legislativa finaliza seu discurso.

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