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EUA e Reino Unido iniciam negociações comerciais pós-Brexit

Discussões terão início nesta terça-feira por videoconferência.

Por: Agência Brasil
05/05/2020
Foto: REUTERS/Peter Nicholls/Direitos Reservados

Os Estados Unidos e o Reino Unido iniciarão negociações comerciais por videoconferência hoje (5), após a saída do Reino Unido da União Europeia, num momento em que os dois aliados lutam contra os efeitos da pandemia de coronavírus e buscam fortalecer as cadeias domésticas de suprimentos.

As discussões serão a primeira grande nova negociação comercial de Washington em 2020 e ocorrerão ao mesmo tempo em que Londres estabelece termos comerciais com a UE, com prazo até o final do ano.

O representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, falou pouco publicamente sobre as negociações comerciais com o Reino Unido desde a publicação de um conjunto abrangente de metas, há mais de um ano, que buscava acesso total para produtos agrícolas dos EUA e tarifas reduzidas para produtos manufaturados dos EUA.

O governo Trump está tentando mudar as cadeias de suprimentos de volta para os Estados Unidos e para longe da China, onde o novo coronavírus se originou, e está promovendo uma campanha “Compre nos EUA” para suprimentos médicos e outros produtos.

A agricultura deve estar entre as questões mais espinhosas das negociações, dada a forte oposição britânica às culturas geneticamente modificadas dos EUA e tratamentos antibacterianos para aves. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, prometeu negociar uma “pechincha”, e a secretária de Comércio Internacional do Reino Unido, Liz Truss, disse que não diminuirá os padrões de segurança alimentar.

A Câmara de Comércio dos Estados Unidos pediu na segunda-feira aos dois aliados históricos que eliminem todas as tarifas, dizendo que isso aumentaria as perspectivas de longo prazo para os dois países em um momento em que suas economias foram duramente atingidas por paralisações destinadas a restringir a propagação do coronavírus.

A Câmara disse que os dois países também podem fortalecer as regras comerciais globais para lidar com os desafios impostos por economias não mercantis, como a China.

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