Reuters – Os Estados Unidos não compartilharão nenhuma inteligência israelense nem elaborarão sua própria avaliação de inteligência de que o Hamas usou o hospital Al Shifa, em Gaza, como centro de comando e possivelmente como instalação de armazenamento, disse o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, nesta quinta-feira.
Os Estados Unidos estão confiantes numa avaliação das suas próprias agências de inteligência sobre as atividades do Hamas nas instalações de Gaza, disse Kirby. Ele se recusou a elaborar ou fornecer detalhes nos últimos dias.
A administração Biden não desclassificou as fontes da inteligência dos EUA “porque alguns desses mesmos canais estão sendo usados para monitorar a situação dos reféns”, disse uma fonte bem informada.
A inteligência “é definitiva”, disse a fonte, e inclui interceptações de comunicações de combatentes do Hamas. As interceptações foram relatadas pela primeira vez na quarta-feira pelo Wall Street Journal.
As tropas israelenses entraram no hospital Al Shifa na quarta-feira, após um bombardeio aéreo e uma operação terrestre contra militantes do Hamas que, segundo autoridades israelenses, mataram 1.200 pessoas em um ataque transfronteiriço a partir de Gaza em 7 de outubro.
Cerca de 11.500 pessoas foram mortas nos bombardeamentos retaliatórios de Israel, segundo autoridades de saúde em Gaza controlada pelo Hamas.
Questionado sobre se os israelenses compartilharam alguma nova informação de inteligência desde o início do ataque ao hospital, Kirby disse: “Não vou falar sobre informações específicas que possam passar entre nós dois”.
“Isso é realmente para eles conversarem, mas como eu disse outro dia, estamos confiantes em nossa própria avaliação de inteligência sobre como o Hamas estava usando aquele hospital”, disse Kirby em um briefing.
Militantes do Hamas estavam se abrigando no hospital e usando as instalações como escudo contra ações militares, colocando em risco pacientes e equipes médicas, disse ele.
“Temos a nossa própria inteligência que nos convence de que o Hamas estava a usar al Shifa como centro de comando e controlo e, muito provavelmente, também como instalação de armazenamento.
“Ainda estamos convencidos da solidez dessa informação.”
