O cerol é uma substância perigosa e continua causando transtornos, principalmente pelo uso em ‘pipas ou papagaios’. Os mais atingidos são motociclistas e ciclistas. O material é capaz de provocar lesões, mutilações, podendo causar até a morte. Preocupada com a situação em decorrência de irresponsabilidades e negligências de alguns que usam tal meio como diversão, a administração municipal de Sumaré, por meio da Guarda Municipal – órgão vinculado à Secretaria de Segurança – vem intensificando a fiscalização no município.
Mesmo com a lei Municipal nº 3.224 de 1998, que proíbe o uso ou venda de cerol e prevê multa para os responsáveis adultos pelo comércio ou uso do produto em Sumaré, ainda tem quem insiste em utilizar o artefato. O alerta também é para o cumprimento das demais leis nas esferas federal e estadual que proíbem a atividade. Para inibir essa prática, a GM intensificou o patrulhamento visando orientar a população, principalmente as crianças e adolescentes sobre os riscos da utilização do material, uma mistura cortante que, aplicada às linhas das pipas e papagaios, tem a finalidade de cortar a linha dos brinquedos de outras pessoas. A corporação ressalta o perigo em utilizá-lo, pois além do risco de ferir o próprio corpo há ameaças de machucar os indivíduos que estão ao redor.
“Nossa Guarda tem intensificado a orientação e prevenção contra o uso deste material extremamente perigoso, porém ainda muito utilizado pelos adeptos da brincadeira de soltar pipa. É importante alertarmos sobre esse perigo, especialmente aos pais. O alerta deve começar em casa, a fim de evitar que crianças e jovens vão para as ruas portando objetos que podem até levar a óbito”, disse o prefeito Luiz Dalben.
Em caso de crianças usando esse material, a corporação faz o recolhimento do produto e encaminha o menor aos pais. Quando há vítimas, por exemplo, o responsável é levado ao Distrito Policial e responde a processo por lesão corporal culposa. Além disso, o uso de cerol também traz grande risco às redes de distribuição de energia. A CPFL Energia continua registrando centenas de acidentes em toda sua área de concessão, sendo que alguns foram graves ou até fatais. As pipas têm sido responsáveis por milhares de interrupções no fornecimento de energia na área de cobertura da companhia, que atende a 234 municípios do interior paulista.
