Bruno Bocchini/Agência Brasil – Indicado pelo governo brasileiro, Ilan Goldfajn foi eleito ontem (20) presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A informação foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores. Goldfajn vai substituir o norte-americano Mauricio Claver-Carone.
Goldfajn será o sétimo presidente do BID e o primeiro indicado pelo Brasil. Ele segue Reina Irene Mejía Chacón (2022); Mauricio Claver-Carone (2020-2022); Luis Alberto Moreno (2005-2020); Enrique Iglesias (1988-2005); Antonio Ortiz Mena (1971-1988); e Felipe Herrera (1960-1971).
De acordo com o BID, como presidente, Goldfajn supervisionará as operações e a administração do banco, que trabalha com o setor público da América Latina e do Caribe. Ele vai presidir o Conselho de Diretores Executivos do BID e o Conselho de Diretores Executivos do BID Invest, que trabalha com o setor privado da região. Também presidirá o Comitê de Doadores do BID Lab, o laboratório do banco para projetos inovadores de desenvolvimento.
O presidente do BID, que conta com 48 países membros, é eleito para um mandato de cinco anos. Além do Brasil, outros quatro países – Argentina, Trinidad e Tobago, México e Chile – tinham indicado candidatos para a presidência do banco.
Ex-diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Ilan Goldfajn comandou o Banco Central do Brasil entre 2016 e 2019. Entre 2000 e 2003, foi diretor de Política Econômica da mesma instituição.
A eleição no BID ocorre após a saída do norte-americano Mauricio Clavier-Carone. Indicado para presidir a instituição pelo ex-presidente Donald Trump. Ele foi destituído em assembleia, no dia 26 de setembro, sob a acusação de relações íntimas com uma funcionária e de retaliar funcionários que denunciaram a relação. O banco está sob comando temporário da hondurenha Reina Irene Mejía, vice-presidente do organismo.