No ano letivo de 2019, Itatiba implementou nos 7º e 8º anos de doze escolas da rede municipal de ensino, um projeto de ensino de Inglês em que os alunos interagem em tempo real com tutores globais através de celulares. O projeto desenvolvido na cidade em parceria com a empresa Edusim, levou para as salas de aula o que há de mais atual no que diz respeito à tecnologia e à BNCC (Base Nacional Comum Curricular), que orienta o ensino de inglês com foco na oralidade e nas metodologias ativas.
Para o Secretário de Educação Anderson Wilker Sanfins, os resultados da iniciativa foram muito positivos. “É um projeto inédito e inovador. Pudemos comprovar neste período uma grande melhora no aprendizado de inglês. Nossas crianças tiveram uma grande participação porque eles não se sentem inibidos e começam a entender melhor o idioma. Nós sabemos que praticar a fala é fundamental para o aprendizado de um idioma, então prover essa oportunidade de eles expressarem em inglês têm feito uma grande diferença”, ponderou.
A iniciativa pioneira foi muito bem recebida por alunos e professores e rendeu bons frutos. O grande diferencial está no chatbot, um robô que torna possível interagir com todos os alunos em 50 minutos de aula e na afinidade dos estudantes com a ferramenta utilizada: o WhatsApp. Antes de cada aula, os alunos são orientados pelos professores quanto ao vocabulário e linguagem a serem trabalhados naquela aula. Em seguida, os participantes entram no ChatClass, um grupo de WhatsApp através do qual os alunos se comunicam em inglês, por mensagem de voz, com um tutor nativo numa vídeo chamada.
Para a professora Maria Isabel de Oliveira Cação da EMEB “Prof. Agenor Vedovello”, o formato diferente de aula ajudou a dar confiança e mudou a postura de alguns estudantes. “Foi uma experiência maravilhosa. Vários alunos, que não participavam muito da aula, que não se sentiam à vontade e tinham vergonha, adoraram essas aulas e se empenharam bastante para falar, compreender e participar. Foi incrível! Pudemos ver a mudança em vários alunos”, falou.
“As aulas são mais dinâmicas e mais interessantes para os alunos porque eles estão lidando com a linguagem e tecnologia deles. O aproveitamento é muito grande, além de muito divertido, e o professor é o mediador. Os alunos podem acessar os slides, os vídeos e fazer mais exercícios em casa após a aula. Eles gostam muito”, completou.
Uma dessas alunas é Sara de Jesus Souza, do 8º ano, que observou melhoras na comunicação em sala. “Interagir com um tutor de fora ajudou bastante os alunos que não conseguiam compreender a parte escrita e ajudou também a desenvolver a fala. Eu gostei muito e quero que continue no próximo ano”, afirmou.