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Ministério da Saúde amplia acesso ao DIU de cobre na rede pública

O objetivo do ministério é que o acesso contraceptivo seja facilitado a mulheres no pós-parto ou no pós-abortamento

Por: Correio Nogueirense
04/02/2018

O Ministério da Saúde ampliou o acesso ao DIU de cobre, método contraceptivo não hormonal, na rede pública de saúde. Agora, o dispositivo será oferecido em maternidades para mulheres no pós-parto ou no pós-abortamento. Antes, o acesso era somente via Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

O objetivo do ministério é que o acesso ao contraceptivo seja facilitado a essas mulheres. Caso optem pelo método, elas poderão ter alta do hospital com o dispositivo já inserido. Trata-se de uma política de incentivo ao uso do DIU, que é mais barato e tem maior duração (em torno de 10 anos de eficácia). Hoje, o método é menos difundido no Brasil, apesar de estar disponível na rede pública de saúde gratuitamente desde 2000. A pílula anticoncepcional costuma ser a primeira opção. Segundo o Ministério, o método tem uma eficácia de 99,3%, e a pílula pode falhar em torno de 6% das vezes em função de esquecimentos ou de interação com outros medicamentos. O DIU é distribuído em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal.

O DIU (dispositivo intrauterino) é uma pequena estrutura que é colocada no interior da cavidade uterina através de um procedimento relativamente simples. Existem dois tipos de DIU: o de cobre e o de progesterona. O DIU de cobre não contém hormônios e funciona dificultando a fecundação e impedindo que o ovo se fixe. Ele normalmente está relacionado com o aumento da menstruação e cólicas. Algumas vezes o fluxo se torna tão intenso que a paciente pode apresentar anemia.

O DIU apresenta como principal vantagem seu uso por períodos prolongados, podendo ser mantido na cavidade uterina por mais de cinco anos, dependendo do tipo utilizado. Apesar de ter sua eficácia comparada à de anticoncepcionais orais, o DIU apresenta a vantagem de não precisar se lembrar todos os dias de usar o método. Além disso, esse método não interfere na relação sexual e nem no processo de amamentação. Pode ser utilizado por mulheres de qualquer idade e não afeta a fertilidade da paciente.

Mulheres jovens e adolescentes acima de 14 anos, mulheres que não tiveram filhos ou mulheres que estejam amamentando podem utilizar o DIU de cobre. Quem tem má-formação no útero ou possui sangramento anormal não deve usar o dispositivo, diz o Ministério. Mulheres com infecções devem tratar a condição antes de inserir o DIU.

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