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“Não use o púlpito para dividir o povo católico”, diz padre Zezinho

Em suas redes sociais, o padre disse que dividir o povo, agredindo o governo ou a oposição é esquecer ou ir contra tudo o que está nos documentos da Igreja Católica.

Por: Correio Nogueirense
06/07/2020
Foto: Reprodução/Facebook Pe. Zezinho

Um dos maiores comunicadores da Igreja Católica, padre Zezinho publicou hoje (06) em sua rede social um texto onde fala que dividir o povo, agredindo o governo ou a oposição é esquecer ou ir contra tudo o que está nos documentos da Igreja Católica.

Aos 79 anos, autor de 103 livros, com 1.700 músicas gravadas e CDs que já venderam mais de 20 milhões de cópias, o padre fala que a catequese oficial é que o padre promova diálogo e nunca jogue os fiéis um contra o outro.

Confira o texto na íntegra:

“Padre não pode falar como um leigo fala. O leigo não sobe ao púlpito. E , sim, cabe ao leigo assumir posições políticas. De esquerda, de centro ou de direita, o leigo deve cuidar para que não haja violência com sua atuação, mas a democracia passa pela atuação dos leigos.

*****

A missão do padre exige diálogo o tempo inteiro. . Não pode ser causa de divisões partidárias. Aquele púlpito exige prudência . Jesus falou disso. Paulo disse o mesmo.

Padre deve trabalhar para a unidade , mesmo que seu coração seja de direita ou de esquerda ou de centro . A prudência no altar e no púlpito exige dele que anuncie ou denuncie sem causar rupturas e ódio entre fiéis.

Os documentos da Igreja Católica são claros a respeito do engajamento dos padres na política .

Quem já é padre e quem está se formando para ser padre, sabe ou saberá que púlpito, altar e missa e reunião paroquial não são palanques de esquerda nem de direita e nem de centro !

A Doutrina Social é necessária mas deve ser apartidária!

A catequese oficial é que o padre promova diálogo e nunca jogue os fiéis um contra o outro !

E o professor que ensina isto não é nem direitista, nem centrista, nem esquerdista: é padre e deve ensinar a dialogar!

E não deve ter medo das patrulhas ideológicas.

O púlpito é da Igreja e não do padre ! Muitos bispos tiraram o padre da paróquia ao ver que ele optou pela política partidária.

O padre que cuida dos pobres e oprimidos não está fazendo política partidária. Está sendo fiel ao evangelho e a não a algum partido politico.

Embora haja leigos radicais contra ou a favor de algum governo, eles são leigos. O padre sobe ao púlpito e consagra pão e vinho e conduz mais uma eucaristia que deve levar o povo à unidade e à justiça.

Dividir o povo, agredindo o governo ou a oposição é esquecer ou ir contra tudo o que está nos documentos da Igreja Católica.

Se tem pretensões políticas peça licença e siga seu coração direitista ou esquerdista ou centrista. Mas não use o púlpito para dividir o povo católico !”

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