Falamos de problemas de comportamento quando algumas manifestações comportamentais, dentro de um determinado contexto, ocorrem muitas ou poucas vezes. Por exemplo, uma criança que anda muito pela sala de aula durante uma atividade e outra criança que se mostra alheia às orientações do professor e não responde aos estímulos colocados para a turma, provavelmente, apresentarão similar dificuldade de aprender coisas novas, sugerindo, assim, que ocorrerão problemas para o alcance das metas de aprendizado de novos conteúdos nesse ambiente.
Vale lembrar que cada comportamento, mesmo apresentado por crianças com o mesmo diagnóstico, deve ser analisado separada e individualmente, pois os comportamentos podem ter ou não a mesma função. Por isso, a análise da função do comportamento é essencial para a intervenção.
Entretanto, alguns indivíduos com TEA apresentam comportamentos disruptivos em determinadas fases de sua vida.
O que são comportamentos disruptivos?
São os comportamentos que impedem ou atrapalham uma boa interação do indivíduo com o meio, ou seja, que prejudicam a interação com a comunidade e comprometem o aprendizado de novas habilidades e a manutenção das já aprendidas.
Alguns exemplos de comportamentos disruptivos: autoagressão (quando a agressão é dirigida a si mesmo), como morder-se, machucar-se, bater a cabeça no chão ou na parede; heteroagressão (quando a agressão é dirigida a outra pessoa ou ao ambiente), como jogar objetos, bater, beliscar ou morder outro indivíduo.
Para que a intervenção seja realizada com efetividade, é necessário, também nesses casos, entender o que antecede e precede esses comportamentos. Nenhum comportamento acontece do nada, e, às vezes, o que ocorre é não conseguirmos identificar os fatores precedentes.
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