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O resgate da história de Artur Nogueira

Geso Franco de Oliveira conta como é o trabalho voluntário de resgatar a história da cidade

Por: Correio Nogueirense
20/04/2018

Embalado pela vontade de contar o início do município, Geso Franco de Oliveira, Diretor da Casa da Memória de Artur Nogueira, conta como seu trabalho voluntário, em resgatar a história de Artur Nogueira, começou, “eu sempre gostei da cidade, e depois que me aposentei, quis procurar alguma coisa para fazer, e comecei a me aprofundar na biografia”, relembra.

Deu início há uns 6 anos atrás, “a prefeitura, montou um projeto para que fizéssemos umas entrevistas com as pessoas mais antigas, nós fomos procurando história, e cada vez mais, aprofundando o conhecimento em Artur Nogueira”, conta Geso.

Ele relembra que foram feitas cerca de 30 entrevistas, todas gravadas, “fizemos um questionário e as pessoas iam reportando com era a cidade”. O desejo de relatar passou apenas dos livros, com os quais era possível encontrar histórias que marcaram. “Além dos livros dos irmãos Flamberry, fomos em cartórios, igrejas, juntamos muitos relatos”, conta.

O aglomerado de histórias colhidas se transformou em textos que contam os primeiros anos de vida de Artur Nogueira. O trem, o início político, a emancipação, o grupo dos 11 homens que deram início a política, “através das mídias sociais, começamos a fazer uma coleção de fotos”, diz. “Recebemos muitas fotos antigas, digitalizamos todas, e hoje, temos cerca de 15 mil fotos, além de documentos e vídeos”.

A Casa da Memória foi criada em 2014, e de lá para cá, tem um acervo um tanto grande, porém, segundo Geso, era para ter mais pessoas envolvidas e hoje ela não existe em um espaço físico, “acabou ficando sozinha, era para ter mais pessoa para ajudar, eu entendo que muitas pessoas não tenham tempo”, lamenta.

Um grupo no Facebook, chamado Casa da Memória, reúne cerca de 1.200 pessoas que acompanham através das publicações feitas por Geso um pouquinho de como era Artur Nogueira, “tem até algumas pessoas que ajudam, postam uma foto, um vídeo”, diz Geso.

“Levamos essas histórias através de palestras nas escolas, as crianças e os jovens ficam encantados com a história da cidade”, Geso conta ainda que o intuito é levar esse projeto para que as pessoas possam entender como começou, “é importante conhecermos o lugar em que moramos”, declara.

Os projetos são vários, “mas precisamos de apoio”, ressalta Geso. Apesar das dificuldades, Geso segue firme na vontade de contar sobre o município, “não jogamos a toalha, vamos levando de pouquinho em pouquinho até onde conseguimos”, assevera.

Marina Andreoni de Oliveira, esposa de Geso, fala sobre a importância da ajuda de outras pessoas, “se alguém tiver interesse de se envolver nesse processo, porque um processo dessa dimensão, dessa importância, não pode deixar na mão de uma única pessoa como está agora”, conta.

“Precisa de alguém para dar continuidade, até porque ninguém é eterno, se não estivermos mais aqui amanhã, então acabou?”, indaga Marina. “É importante mais gente se envolver para não adormecer a história”, declara.

 

Homenagem

Na Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Artur Nogueira, foi prestada uma pequena homenagem, a Geso pelo trabalho que ele tem prestado ao município, por resgatar a memória e transmitir aos munícipes.

“Essa moção é para parabenizar o Geso, pelo belo trabalho voluntário que ele tem feito na cidade”, declara o vereador, Rodrigo de Faveri. “Sabemos que uma história ela perpétua aqueles que já foram e aqueles que contribuíram para o nosso município” ressalta. “Que ele se sinta motivado a continuar, pois esse é um trabalho muito importante para Artur Nogueira”, encerra.

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