Um novo clássico instântaneo nasceu no Mundial de Clubes da FIFA 2025™. No duelo “lusófono” deste domingo, 15 de junho, SE Palmeiras e FC Porto empataram sem gols no Estádio MetLife, mas com muita emoção e belas chances de gol dos dois lados – ataques conduzidos pelo talento e a ousadia de jovens atletas, como Estêvão e Rodrigo Mora, que esbarraram apenas em defesas bem organizadas e goleiros atentos.
Isso significa que, por ora, ninguém pontuou no Grupo A do torneio, já que Al Ahly FC e Inter Miami CF também ficaram no empate por 0 a 0 no dia anterior. Estão todos igualados na tabela.
O jogo
Por muitos anos, nas redes sociais, torcedores brasileiros e portugueses debatiam o que aconteceria em um jogo oficial e competitivo entre dois grandes clubes destes países. Como falam o mesmo idioma, podem usar a mesma palavra para descrever a partida: equilíbrio. O que Palmeiras e Porto fizeram em Nova York-Nova Jersey certamente será um dos melhores duelos equilibrados do Mundial de Clubes da FIFA 2025™.
Nesse caso, não estamos sequer falando de placar, mas das chances consecutivas criadas dos dois lados, como nos grandes “ralis” do vôlei ou do tênis. Logo no segundo minuto, João Mário invadiu a área, venceu Piquerez na corrida e chutou para defesa de Weverton. O Palmeiras manteve sua estratégia de pressão alta no ataque, tentando a todo custo forçar o erro dos Dragões com o talento e a jovialidade de Estevão e Vitor Roque.
A princípio, os europeus levaram mais perigo. Sobretudo com o também garoto Rodrigo Mora, de 18 anos, que estava “ensaboado” como se pudesse passar por todos os adversários. Aos 13 minutos, ele chutou rasteiro de forma muito aguda e viu a bola raspar a trave; em outros momentos, engatou longas sequências de dribles, abriu espaços valiosos para o ataque portista e só não acertou na última decisão das jogadas.
Para o alívio palmeirense, quando o Porto conseguiu ser mais objetivo no último terço, Weverton esteve atento para espalmar. Aos 17 do primeiro tempo, por exemplo, Felipe Anderson tentou afastar uma cobrança de falta e cabeceou na direção do próprio gol, certamente agradecendo em seguida pela defesa do companheiro.
Mas a maior oportunidade do jogo foi alviverde e aconteceu aos 46 do primeiro tempo. Na verdade, foram três chances em uma, todas tiradas em cima da linha. Primeiro, Estêvão finalizou para defesa de Cláudio Ramos (que neste jogo substituiu o titular Diogo Costa, lesionado); em seguida, Maurício pegou o rebote e parou novamente no goleiro portista; o Palmeiras teve novamente o rebote com Richard Ríos, mas, desta vez, Francisco Moura afastou.
O apagar das luzes da etapa inicial quase teve grito de gol dos brasileiros – e teria sido um golaço uruguaio. Piquerez bateu falta cheia de efeito, com uma curva muito venenosa, e fez a bola passar rente à trave.
O início do segundo tempo espelhou o começo do jogo, novamente com outra grande chance do Porto no segundo minuto. Desta vez, Fábio Vieira carregou a bola em diagonal e chutou cruzado, para boa defesa de Weverton.
Como era de se imaginar, dado o grande esforço físico feito pelos dois times até então, os 20 minutos finais da partida se tornaram mais cadenciados. Também foi uma consequência natural das substituições, que, na teoria, mudaram as características de ambas as equipes: Paulinho é mais experiente que Estêvão, mas menos veloz, e Raphael Veiga é mais estratégico que Maurício; Eustáquio é mais conservador que Rodrigo Mora.
Na prática, o Palmeiras passou a dominar o meio-campo. Foram minutos finais de grandes emoções e pressão alviverde no ataque, com o reforço da bola aérea de Raphael Veiga se juntando aos lançamentos de Piquerez. Foi assim que, por pouco, José “Flaco” López e Murilo não marcaram de cabeça aos 33 e as 38, respectivamente. A primeira tentativa foi para fora, a segunda parou em Cláudio Ramos. O equilíbrio permaneceu.
Escalações oficiais
SE Palmeiras
Weverton; Giay, Gustavo Gómez, Murilo, Piquerez, Aníbal Moreno, Richard Ríos (Lucas Evangelista), Felipe Anderson (Paulinho), Maurício (Raphael Veiga), Estêvão (Allan) e Vitor Roque (José Flaco López).
Técnico: Abel Ferreira.
FC Porto
Cláudio Ramos; Martim Fernandes, Zé Pedro, Marcano, João Mário (Nehuén Pérez), Alan Varela (Tomás Perez), Gabri Veiga (Pepê), Francisco Moura, Fábio Vieira (André Franco), Rodrigo Mora (Eustáquio) e Samu.
Técnico: Martin Anselmi.