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Poder Executivo autoriza compra de alimentos em caráter emergencial no mesmo dia de denúncias por falta de merenda escolar

O assunto foi pontuado pelo vereador Professor Adalberto (PSDB) na sessão da Câmara Municipal desta segunda-feira (06).

Por: Correio Nogueirense
07/08/2018

No dia 26 de Julho,  o Correio Nogueirense divulgou denúncias de pais insatisfeitos com a merenda escolar municipal de Artur Nogueira. Relatos de pais e responsáveis foram publicados em uma página das redes sócias, descrevendo que os filhos estavam comendo apenas macarrão na merenda escolar. Natália Ap. Pauloski Roque da Silva, mãe de um dos alunos confirmou a história.

“Há dias meus filhos estão chegando em casa, falando que estão comendo macarrão pois não tem arroz, feijão e outros mantimentos na escola. As tias da escola e professores disseram que a prefeitura não está mandando merenda”, explicou.

A dona de casa ainda ressaltou que esta situação é decorrente antes mesmo das férias escolares. “Um pouco antes de entrar em recesso escolar, havia reclamação que não estava tendo papel higiênico, havia professoras pedindo para levar de casa. Para mim, essa situação é muito triste. Nós pais, ficamos indignados com tudo isso que vem acontecendo”. Natália ainda pede respostas do poder executivo. “Onde está o dinheiro dos impostos? E a verba que vem para o município, vai pra onde”, indagou.

De imediato, a assessoria de imprensa da Prefeitura refutou tais acusações alegando se tratar de uma mudança no cardápio.

“Está havendo alteração de alguns gêneros alimentícios, e de acordo com a Chefe de Divisão de Nutrição todos os alunos estão tendo a garantia do valor nutricional diário previsto pelo PNAE”.

Mas um novo precedente surgiu nesta história. Na última quinta-feira (02), foi publicado no Diário Oficial do município uma compra de 500 pacotes de 5 kg de arroz agulhinha, tipo 1 autorizado pelo atual Prefeito em exercício Ivan Vicensotti (PSB). De acordo com o Diário, a compra teve como finalidade abastecer as necessidades da Secretaria Municipal de Educação no mesmo dia em que as denúncias foram publicadas. O contrato emergencial teve como valor total de R$7.945,00.

Na volta das atividades do Legislativo nesta segunda-feira (06), o Vereador Professor Adalberto (PSDB) pontuou sobre o assunto, questionando as datas do ocorrido.

“O excelentíssimo prefeito foi até a Escola municipal Osni José de Souza no dia 27 de Julho, tirou fotos da merenda juntamente com os funcionários e afirmou que não existia falta de merenda. Eu fiquei pensando, estavam reclamando da falta de merenda desde o dia 18 ou 19 e ele postou estas fotos no dia 27 do mesmo mês. Um contrato de compra em um determinado mercado da nossa cidade foi autorizado pelo prefeito no dia 26. Eu estou querendo entender tudo isso. Eu estou quase querendo acreditar que só tinha macarrão para os alunos”, disse.

Adalberto afirmou que o legislativo está acompanhando toda está situação. “Fica ai uma alerta, nós estamos vendo. Faltou merenda escolar no dia 18, 19, e 20 no dia 26 houve a denúncia, no dia 27 saiu uma matéria falando que não tinha acabado a merenda escolar e o contrato 121/2018 afirma que uma compra alimentar autorizada pelo prefeito foi realizada no dia 26. Alguma data ou informação não bateu”, indagou.

A prefeitura foi procurada para responder sobre o caso, mas até o fim do fechamento desta matéria, não recebemos nenhum tipo de comunicado, mas caso recebamos iremos atualizar a matéria.

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