Preparando-se para o aumento das temperaturas, Portugal elevou seu nível de alerta para o terceiro mais alto em quatro nesta segunda-feira (11), com o governo dizendo que milhares de bombeiros estão prontos para agir, mas também pediu às pessoas que evitem incêndios.
Sob o estado de contingência, que está em vigor até sexta-feira (8), mas pode ser estendido, o governo proibiu o acesso do público a florestas consideradas em risco.
Vários incêndios florestais eclodiram em Portugal nos últimos dias, mas, segundo as autoridades, o pior ainda está por vir, já que as temperaturas na maior parte do país devem ultrapassar os 40 graus Celsius (ºC) a partir de terça-feira.
A agência meteorológica IPMA disse que em algumas áreas, incluindo Alentejo, uma região do sul conhecida por suas pastagens planas, as temperaturas podem chegar a 46-47 ºC. A temperatura mais alta já registrada foi de 47,3 ºC em 2003.
“Esta não é uma situação muito normal”, afirmou a meteorologista do IPMA Patrícia Gomes à SIC TV. “É sério em todos os aspectos – até mesmo para a nossa saúde… não é comum ver períodos tão longos com temperaturas tão altas.”
A maior parte do território português enfrenta uma seca severa ou extrema devido à falta de chuva nos meses de inverno, o que significa que há uma quantidade significativa de vegetação seca para queimar.
Com as mudanças climáticas causadas pelo homem provocando secas, espera-se que o número de incêndios florestais extremos aumente 30% nos próximos 28 anos, de acordo com um relatório da ONU de fevereiro de 2022.
O primeiro-ministro António Costa disse que 13.000 bombeiros estão disponíveis para combater os incêndios, mas alertou que é preciso que as pessoas cooperem: “Cada um de nós tem um papel importante a desempenhar: não apagar os incêndios, mas preveni-los”.