A Secretaria de Saúde de Sumaré promoveu na última semana a vacinação contra a gripe para a população de rua, que são aqueles moradores relutantes em aceitar serem levados para os abrigos parceiros da Prefeitura. Todas as pessoas que estão na rua e concordaram receberam a vacina.
“Realizamos um trabalho diário com essa população de rua, monitorando e orientando. Infelizmente, muitos são relutantes e, mesmo com nossos esforços, não aceitam ir para o abrigo. Visando esses moradores, que estão expostos à doenças, instabilidades meteorológicas e falta de ambientes higienizados, fizemos essa ação de vacinação de todos que aceitaram receber a dose. Trabalhamos com muita delicadeza com essas pessoas, buscando reinseri-las na sociedade, ofertar auxílio psicossocial e uma vida digna, porém, ainda encontramos muita resistência, por isso, focamos na sensibilização de cada um”, explicou o prefeito Luiz Dalben.
“Os moradores de rua estão expostos a fatores que o restante da população não está, correndo o risco ficar doente com mais facilidade e não ter atendimento adequado, por falta informação ou aceitação. A vacinação dessas pessoas é uma maneira de imunizá-las, minimizando o risco de contrair a doença ou então agravar alguma comorbidade existente. Todos que aceitaram, após um longo trabalho de informação, orientação e conscientização por parte das nossas equipes, foram vacinados, independente da idade, sexo ou região onde estão”, explicou o secretário de Saúde, Rafael Virginelli.
A vacinação neste público é mais uma ação da Prefeitura para oferecer proteção aos moradores de rua que se recusam a ser encaminhados para o abrigo. Além disso, a Secretaria Municipal de Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social ampliou as ações do SEAS (Serviço Especializado de Abordagem Social), realizado em parceria com a Casa de Acolhimento Resgatar. A equipe também tem trabalhado na prestação de orientações preventivas e na disponibilização de materiais de higiene pessoal para auxiliar nos cuidados das pessoas que decidirem permanecer nas ruas.
“Fazemos a abordagem dessas pessoas juntamente com a Casa de Acolhimento Resgatar, com equipes formadas por psicólogos, assistentes sociais e educadores sociais. Uma relação de confiança e respeito é necessária para que as pessoas aceitem ajuda, passem pelo CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), onde recebem avaliação psicossocial e iniciam um acompanhamento que pretende fortalecer a convivência com a família e a sociedade, através do acesso a direitos básicos. O acolhimento nas organizações parceiras da Prefeitura é uma das possibilidades de atendimento à população de rua, e é feito conforme as condutas necessárias em cada caso e o desejo da pessoa. Na Casa de Acolhimento Resgatar e na Caluz as pessoas em situação de rua recebem acompanhamento técnico especializado e particularizado, têm as documentações regularizadas, são inseridas no Cadastro Único e encaminhadas para serviços de saúde, educação e capacitação profissional, por exemplo, o que pode despertar o desejo de viver uma nova história de vida”, explicou a psicóloga do Apoio Técnico da Secretaria de Inclusão Social, Raíssa Rêgo Martins.
O SEAS é um serviço referenciado ao CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e o contato pode ser feito através dos telefones (19) 3803-4701, das 8 às 17 horas as segundas, quartas e sextas-feiras, e das 10 às 20 horas, as terças e quintas-feiras.