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Rodrigo de Faveri diz que Rodeio e eventos não pagam o uso de água e serviço de esgoto para Saean

Rodrigo acredita que existem outros interesses por trás da concessão.

Por: Correio Nogueirense
21/11/2018

Na última sessão da Câmara Municipal, realizada segunda-feira (19), o vereador Rodrigo de Faveri (PTB) comentou sobre o processo de privatização da Saean e algumas irregularidades praticadas pelo poder Executivo.

A Saean vem prestando bons serviços a coletividade há mais de 16 anos.  “Faz algum tempo, por parte da prefeitura municipal, que há um processo de privatização e não estou falando com exclusividade desta gestão. Há uma série de irregularidades praticadas pelo Executivo, no processo de concessão do mandato passado e desse, está suspenso temporariamente por medida judicial, pelo qual foi solicitado pelo Poder Judiciário uma série de informações e documentos ao Executivo para demostrar as irregularidades nos documentos”, diz de Faveri.

Segundo ele, além dos fatos apresentados, bem como a contrariedade da sociedade que é pública, existe uma situação gravíssima que deve ser levada em consideração pelo prefeito e seus secretários, que é quem está frente e tem demonstrado um grande interesse pelo assunto da concessão. “Temos documentos que dão conta de que, construtoras que entregam obras no Executivo, estão com pendências no Saean, bem como empresas que promovem eventos, como o Artur Nogueira Rodeo Festival, que foi aprovado aqui com a minha ajuda, não pagou a água que usou no ano passado. Estamos evoluindo, não gastamos mais os R$ 300 mil por isso a necessidade do requerimento, usou água e não pagou. Durante as festividades, não pagam pelo consumo e a utilização da rede de esgotos, entendo que isso é um absurdo porque a população como um todo tem que pagar pela água e esgoto. A prefeitura ao pagar pelos serviços de construtoras empreiteiras, devia ter o bom senso de requisitar ao Saean se existia algum déficit e descontar, para que isso não aconteça é só descontar antes de fazer o pagamento”, explica.

“Mediante documentos, existe hoje cadastramento do Saean na categoria público com o total de 183 ligações de água e esgoto, sendo que deste total, apenas 17 são tarifadas, ou seja, 17 dos consumidores pagam taxas devidas, um é a Câmara Municipal outro são prédios estaduais. 116 ligações não são tarifadas, ou seja, não pagam a taxa devida de água e esgoto, pelo levantamento que fiz, não localizei nenhuma lei que faz a suposta isenção destas taxas, não estou falando deste mandato, estou falando desde o outro, quando o meu pai era o prefeito e não tarifou esses prédios, só que lá atrás não se falava em vender a autarquia”, completa Rodrigo.

Rodrigo expôs sua opinião com base nos documentos existentes.  “Entendo que caso seja efetuada a concessão ou a privatização, depois de vencida todas as barreiras, há de ser verificada com muita seriedade e responsabilidade, porque os prejuízos para os cofres serão enormes se essa empresa que ganhar vier cobrar do município. O consumo de água e esgoto dos prédios e logradouros somam R$ 71 mil por mês não pagos pela prefeitura, se somarmos 71 mil por 12 meses, com base na tabela de custos atual, sem contar com os possíveis aumentos, teremos o valor de R$ 852 mil anual que em 30 anos alcançaremos a R$ 25 milhões e 560 mil, durante o período da concessão. Após a concessão, caso ocorra, será gerenciado e operado pelo sistema de água da nossa cidade por uma empresa privada e ela vai cobrar. Quero registrar e levar ao conhecimento público, que caso ocorra a concessão o nosso município vai ser lesado dessa forma, porque passará a pagar o que hoje não paga e que se estivesse pagando hoje a Saean não estaria sucateada, por esse motivo que nós nos posicionamos contrários à privatização da autarquia”.

O vereador ainda diz que não se deve comprar massa asfáltica para tapar buracos nas ruas, com o dinheiro da Saean, pois isso é obrigação da prefeitura. Rodrigo acredita que existem outros interesses por trás da concessão, que não são públicos. Ele apoia a Ação Popular contra a privatização e se dispõe a recolher as 250 assinaturas para protocolar a iniciativa popular na Casa de Leis e assim revogar a Lei de concessão da Saean.

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