Pesquisar
Close this search box.

Rodrigo de Faveri pede para que a próxima gestão pense no futuro da cidade e resolva o parcelamento

O parlamentar disse que é necessário traçar um plano de longo prazo na questão do parcelamento, porque futuramente os aposentados serão prejudicados.

Por: Correio Nogueirense
18/12/2019

Aconteceu na manhã desta terça-feira (17), na Câmara Municipal de Artur Nogueira, a votação do Projeto de Lei n.º 052/2019 de autoria do Poder Executivo, que “dispõe sobre o parcelamento de débitos do município com o FUNPREMAN”. O Fundo de Previdência Municipal.

Rodrigo de Faveri (PTB) comentou sobre o momento difícil da cidade para votar no FUNPREMAN. “Diante de mais um parcelamento do Fundo de Previdência, a palavra que me vem à mente é responsabilidade. Nós temos mais uma vez uma questão difícil, que politicamente para nós é uma coisa que sempre incomoda, mas eu gostaria de dizer que o problema do Fundo de Previdência existe desde quando foi criado, já com um déficit e nesse momento eu acho muito válido o voto contrário dos senhores, que serve como um alerta. Vai chegar a um momento e essa câmara não vai mais ter como aprovar o parcelamento. Então, diante dessa situação, nos chama a atenção na questão da responsabilidade, para que alguém pense em criar uma solução a longo prazo para parar com o parcelamento”.

O parlamentar do PTB comentou sobre contratações que a prefeitura tem feito em ano eleitoral e defendeu os colegas que votaram contra o projeto. “O que nos chama a atenção é a arrecadação da cidade, pelo que nós votamos no orçamento, cerca de R$200 milhões, anual, nós temos uma folha de pagamento carregada, estamos falando de melhoria para a população, mas trago aqui a indicação feita por mim, pedindo a redução de cargos comissionados. Por que eu trago essa situação e ligo isso à questão da responsabilidade. Porque estamos vivendo um momento agora que estamos caminhando para um ano eleitoral e tenho aqui várias pessoas, ex-vereadores, que receberam propostas para trabalharem da prefeitura neste momento. Então, no momento de jogar a responsabilidade para a câmara, e quem está dizendo isso é um vereador que vai votar a favor, contrariando meus colegas de oposição, porque não vou deixar ser reprovado este projeto porque vai travar a prefeitura. Vou votar a favor do parcelamento, mas acho válido o voto de quem vai votar contra, porque começa a acender uma luz amarela e uma hora vai acender a luz vermelha da câmara. Para chamar a atenção, nós temos vários ativos, imóveis da prefeitura que estão sendo discutidos para servir de aporte e estancar este financiamento, ou que se venda esse ativo e cubra o déficit”.

Rodrigo comentou sobre os gastos com a ETENG e com funcionários da própria empresa que contratou por fora. “Estamos precisando aqui na cidade, de gestores que se preocupe menos com a reeleição, com o nome dele como candidato e se preocupe mais com o município no tocante ao longo prazo. Porque pode ser que em curto prazo esse gestor não seja reconhecido, mas o nome dele vai ficar como estadista do nosso município, porque vai resolver um problema que até agora não teve solução. Chama a atenção para que se resolva isso, porque no momento de contratar a ETENG, com milhões de reais e agora os mesmos funcionários que estavam trabalhando para ETENG, está trabalhando tirando a grama por contratação direta. Convido os colegas para fazermos um comparativo de quanto estava pagando para a ETENG e quanto está pagando para os mesmos funcionários que estão fazendo o mesmo trabalho em relação ao faturamento do município, que depois não terá como pagar o Fundo de Previdência. É demagogia dá nossa parte falar de benefício para os senhores, porque vai chegar um momento em que vocês não vão conseguir receber a aposentadoria na hora que mais precisa, que o físico de vocês não vão conseguir mais trabalhar e vamos ter que fazer isso antes que haja uma intervenção da previdência federal para tomar uma solução no nosso município”.

Para finalizar, Rodrigo de Faveri pediu para que o próximo prefeito não pense em si, mas que pense no futuro da cidade, traçando um plano longo para resolver o problema do parcelamento. “Nós temos essa responsabilidade, junto com o Executivo que está no comando ou o próximo que será eleito, de pensar menos na reeleição, pensar mais no futuro da nossa cidade, pensar mais no futuro daqueles que hoje trabalhão. Porque nós, seres humanos, temos a tendência de pensarmos só no agora. Vocês estão pensando do plano de carreira, estão preocupados com o aumento, mas nós não estamos pensando no futuro, na hora que vamos precisar da aposentadoria. Eu sei que toda a guarda municipal só tem o Carlinhos aposentado por invalidez, porque por idade, se não me engano, só tem um que está tentando e não conseguiu ainda. Porque o Fundo de Providência? Porque na hora de contratar a ETENG por R$5 milhões, não pensa no faturamento do município é limitado. Nós temos muito pré-candidatos a vereador que aceitaram a contratação por três mil e quinhentos e quatro mil reais para trabalhar na prefeitura. População, preste atenção nesses nomes que estão aceitando o convite para troca de salário no ano eleitoral. Se a prefeitura funcionou até agora sem esses funcionários, ela pode funcionar mais um ano. Esse dinheiro que está pagando para fazer cabo eleitoral para próxima eleição, podia servir para pagar o Fundo de Previdência. É nessa hora que eu falo que precisa de responsabilidade, precisa de menos autopromoção, menos politicagem, porque a política é sadia e a politicagem não é. Faça-se um trabalho de longo prazo para resolver por vez o plano de Providência do nosso município. O meu voto será favorável, parabenizo aos colegas que estão alertando, mas pretendo aprovar este parcelamento pela última vez porque gastamos dinheiro para viajar para trazermos recursos para o município. Então, se a prefeitura não tiver as certidões negativas de débito, caso esse projeto seja reprovado hoje, a prefeitura perde essas certidões e todos os recursos que buscamos durante o ano, não virá mais. É a mesma coisa que ser tivéssemos o nome suje, não conseguimos fazer alguma compra ou receber algum benefício. Então, que o próximo prefeito contrate uma empresa, que trace um plano a longo prazo para resolvermos essa situação do parcelamento”.

Comentários

Veja também