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Rodrigo de Faveri se diz preocupado com o estado de calamidade pública decretado pelo município

De acordo com o vereador, apesar de o decreto ter sido em combate ao Coronavírus, ele pode abrir exceções para que possa ser debatidos outros assuntos que não são de interesse neste momento.

Por: Correio Nogueirense
29/04/2020
Foto: Bruno Custódio/Correio nogueirense

O vereador Rodrigo de Faveri (PTB) usou o espaço da palavra livre, durante a 9ª sessão ordinária da Câmara Municipal de Artur Nogueira nesta segunda-feira (27), para comentar sobre o decreto Nº 040/2020, onde foi decretado estado de calamidade pública em Artur Nogueira.

Apesar de ter sido decretado estado de calamidade pública, o parlamentar diz que este decreto pode abrir algumas exceções, mesmo que tenha sido decretado para combater o Covid-19 e elogiou algumas ações do prefeito.

“Gostaria de abordar o decreto 040/2020, onde foi decretado o estado de calamidade pública no nosso município e dizer que o estado de calamidade pública abre algumas exceções. O principal objetivo deste decreto é o combate ao Coronavírus, até mesmo para que seja de alguma maneira minimizado este problema que assola não só o nosso país, mas também o mundo todo. Infelizmente, nem todo mundo é solidário neste momento, nem todos possuem um coração puro para ajudar, dar as mãos, eu quero crer que o principal objetivo do decreto seja o combate ao vírus. Tem algumas ações do município que gostaria de parabenizar, como a pulverização que foi citada aqui, a abertura do comércio com as restrições sanitárias, para que os empresários possam pagar seus funcionários e essa foi uma decisão assertiva do prefeito”, declarou o Rodrigo de Faveri.

Apesar de ter feito alguns elogios, Rodrigo também listou algumas promessas não cumpridas, que fazem ele ter um pé atrás contra o decreto de calamidade pública. “Mas também tenho meus motivos, não para ser implicante, esse é o meu dever como vereador, prestar atenção e ter as lentes voltadas a este decreto, porque essas exceções que se abrem como os empréstimos de compulsórios, parcelamento de dividas, que é o caso da empresa que fazia a coleta de lixo e principalmente, a dispensa na licitação para alguns contratos. Não estou dizendo que o decreto seja feito para isso, porque ele tem como objetivo o combate ao vírus, mas como vereador, tenho que fazer minha fiscalização e tenho motivos de não confiar extremamente no executivo. Caso SAEAN que foi citado aqui hoje, ETE Stocco que levou da SAEAN mais de dois milhões, os carros da saúde, onde foi devolvido dinheiro da Câmara para arrumar os carros e tive reclamações essa semana de pessoas que estavam sendo levadas ao hospital em seus carros próprios porque não tinha ambulância. A ETENG, onde temos casos e mais casos de contratos milionários, que nas gestões passadas se faziam com um terço do valor que é feito hoje”.

Sobre a ETENG, o vereador do PTB comentou sobre um problema ocorrido nos últimos dias, onde funcionários da empresa têm achado que ele quer os funcionários demitidos. “Tenho encontrado muitos munícipes que dizem assim, “Rodrigo, nós estamos sendo orientado a não apoiar você, porque você quer mandar a ETENG embora e com isso vai mandar, nós funcionários, embora”. Falei que não é verdade, porque não temos problema algum com os funcionários da ETENG, meu problema é com a ETENG. A gente troca de empresa, paga menos no contrato e em contrapartida podemos aumentar o salário de vocês. Elaborar um plano maquiavélico dizendo que sou contrário a ETENG, que têm que mandar todos os funcionários embora e o problema não são com os funcionários. Os funcionários são do município, tem que continuar os funcionários, pague mais para eles e ganhe menos no lucro da empresa”.

Terminando sobre o decreto, Rodrigo de Faveri listou duas desconfianças e disse crer que o decreto seja para combater o vírus. “Outro motivo para não confiar, foi no reajuste dos funcionários públicos, que até agora não aconteceu, loteamento fora da expansão urbana e que está ocorrendo aos montes aqui no município. Baseado nesses aspectos, quero que nos atentemos para esse decreto de calamidade pública, para que ele seja voltado ao combate ao Coronavírus e não para flexibilizar outros interesses”, finalizou.

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