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Saúde de Artur Nogueira volta a alertar para risco de reintrodução da Poliomielite

Doença pode causar sequelas irreversíveis; vacinação contra a pólio é disponibilizada em 8 salas de vacina da cidade.

Por: Correio Nogueirense
02/12/2022
Foto – Marcello Camargo

A Prefeitura de Artur Nogueira, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde, volta a alertar a população sobre o risco de reintrodução da Poliomielite. Apesar da doença estar erradicada no país – sem casos registrados desde 1989, a baixa cobertura vacinal tem preocupado especialistas.

O risco foi sinalizado pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), e repassado aos municípios pelo Governo do Estado de São Paulo. Desde então, os municípios, incluindo Artur Nogueira, têm feito uma força-tarefa para alcançar o público ainda não vacinado, por meio de horários ampliados nas salas de vacinas, Dia D, campanhas nas escolas e em eventos.

Segundo a coordenadora de Vigilância em Saúde, Milena Sia Perin, a cidade nogueirense imunizou 72,8% do público de 1 a 4 anos. A meta, no entanto, é vacinar 95% das crianças.

“A pólio pode causar paralisia irreversível e, em alguns casos, pode ser até fatal. Felizmente, a doença pode ser prevenida por meio da vacina. Por isso, o nosso apelo é que os pais e responsáveis vacinem nossas crianças e, dessa forma, as protejam”, enfatizou Milena.

A vacinação contra a pólio é voltada às crianças menores de 5 anos que ainda não foram vacinadas com as primeiras doses do imunizante (que é aplicado aos 2, 4 e 6 meses de idade, via injeção intramuscular). Especialistas também incentivam a aplicação da dose de reforço, que acontece por meio da conhecida gotinha.

Em Artur Nogueira, a vacinação contra a Paralisia Infantil acontece em oito salas de vacinas. São elas: Blumenau, São Vicente, Bom Jardim, Jardim do Lago, Sacilotto, Coração Criança, Teresinha Vicensotti e Espaço Mãe e Filho. Os pais e/ou responsáveis devem apresentar a carteirinha de vacinação no momento do recebimento da dose.

SEQUELAS IRREVERSÍVEIS

As sequelas da doença estão relacionadas com a infecção da medula e do cérebro pelo poliovírus. Normalmente, são sequelas motoras e que não têm cura. As principais são: problemas nas articulações; pé torto; crescimento diferente das pernas; osteoporose; paralisia de uma das pernas; paralisia dos músculos da fala e da deglutição; dificuldade para falar; atrofia muscular e hipersensibilidade ao toque.

Dados da OPAS mostram que uma em cada 200 infecções pelo poliovírus resultam em paralisia irreversível (geralmente das pernas). Entre as pessoas acometidas pela doença, de 5% a 10% morrem por paralisia dos músculos respiratórios.

“Enquanto houver uma criança infectada, crianças de todos os países correm o risco de contrair a poliomielite. Se a doença não for erradicada, podem ocorrer até 200 mil casos no mundo a cada ano, dentro do período de uma década”, informou a Opas.

O Brasil recebeu o certificado de eliminação da pólio em 1994. Entretanto, a Opas alerta que, até que a doença seja erradicada no mundo, há risco de casos importados e, consequentemente, de o vírus voltar a circular em território brasileiro. “Para evitar isso, é importante manter as taxas de cobertura vacinal altas e fazer vigilância constante”, acrescentou.

*Com informações da Agência Brasil

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