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“Se a intenção do loteador é beneficiar o povo da nossa cidade, que venha a esta casa falar sobre o empreendimento”, disse o vereador

Cristiano da Farmácia (PR) quer a presença do senhor Artur José na câmara, para que seja explicado como seria feito a construção dessas casas e se teria garantias de melhorias na região para quem vive no local.

Por: Correio Nogueirense
19/11/2019

Após a aprovação unânime dos vereadores pela abertura de uma comissão processante contra o prefeito Ivan Vicensotti (PSB), o líder do governo na câmara, Cristiano da Farmácia (PR) usou sua fala livre para poder falar sobre a maneira que o empreendimento pode ser feito no município do Artur Nogueira.

O parlamentar começou a sua fala, dizendo que não irá se manifestar sobre a denúncia. “Com relação à denúncia, entendo que está em boas mãos, está nas mãos de vereadores que têm competência de estar nesta casa e vão exercer seus trabalhos, então me reservo o direito de não me manifestar também para não prejudicar o trabalho com relação a denúncia. Gostaria, porém, de fazer alguns esclarecimentos com relação a quando se refere a casas populares no município de Artur Nogueira. Esse loteamento em questão, citado na denúncia, não se trata de um loteamento comum de casas populares como aconteceu no caso feito pelo antecessor, o ex-prefeito Celso Capato, nesta cidade. É um empreendimento particular, que tem sim algumas finalidades de vender casas dentro do programa Minha Casa Minha Vida, mas diferente daquela oferecida à população de Artur Nogueira, ou ofertada pelo antecessor, Celso Capato, sendo um empreendimento particular, ele não tem exclusividade ao povo de Artur Nogueira. Isso significa que qualquer pessoa, de qualquer lugar do país pode vir morar nessas casas, pode comprar. É um empreendimento como qualquer outro loteamento feito neste município”.

Cristiano da Farmácia usou o exemplo da cidade vizinha, Holambra, de como foi feito as casas populares pela mesma empresa. “Não quero entrar no mérito da questão da denúncia, só quero entrar no mérito da questão de casas populares e um exemplo disso, sei que a comissão vai analisar mais profundamente essa informação, não está contemplado, por exemplo, no local, uma creche, escola, PSF (Programa de Saúde Familiar), uma área de lazer. Tem sim, a destinação de áreas, uma área institucional, uma área de lazer, mas não tem a construção dos imóveis em si, ou seja, o próprio município teria que arcar com isso. Gostaria de concluir e depois vocês irão entender onde eu quero chegar com essa história toda. Para quem acha que é uma casa popular, uma casa igual foi feita para a população que recebeu em Artur Nogueira, pode se dirigir à cidade de Holambra, onde essa mesma empreiteira tem imóveis sendo vendidos pelo programa Minha Casa Minha Vida. Então, não é uma situação em que é uma excepcionalidade que vai atender o povo de baixa rentabilidade. Se fosse assim, não teria mais imóveis disponíveis lá na cidade de Holambra. Qualquer pessoa pode comprovar isso, vai até lá, dá uma checada, tem os corretores, pergunte por quanto ficam os imóveis, você verá que vai encaixar dentro dos valores da Minha Casa Minha Vida e que podem ser financiados pelo programa, porém não nas mesmas condições que foram feitas para a população que comprou aqui e pessoas que de repente pagam trinta reais por mês. Isso não existe nesse tipo de empreendimento”.

O vereador do PR, questionou se a empresa entregará garantias de melhorias na região para que seja aprovado a construções das casas populares. “Sempre tenho comigo que essa casa, em outros momentos também, já discutiu muito a questão de viabilidade de coisas boas para o município. Não tenho problema nenhum de que a empresa, ou o senhor Artur (penso que seja o proprietário da empresa), poderia vir a esta casa conversar com os vereadores. Porque se a intenção dele é fazer um loteamento realmente para a sociedade de Artur Nogueira, que ele terá as mesmas condições em que construiu as casas no governo Celso Capato, ou seja, que ele vai construir a creche, a casinha e não vai ficar a cargo do povo ter que fazer isso, que vai resolver o problema de saneamento básico, porque terá que colocar água para ele e garantir que o pessoal em volta não terá um problema sério de água também. Entendo que uma boa conversa com o proprietário e ele aceitando as condições, pois já tivemos essas mesmas condições no Benvenuto, foi o que nós fizemos. Não estou falando da denúncia e sim de um empreendimento para o município que possa beneficiar o povo. Se as condições são uma construção igual ao Minha Casa, Minha Vida e uma condição que irá realmente beneficiar aquele que mora no município e não tem condições de comprar um imóvel normal e vai enquadrar do aproximado do que foi feito no governo Celso Capato, serei o primeiro a pular na frente e brigar para que esse projeto seja aprovado”.

Para finalizar, Cristiano da Farmácia pediu a colaboração do colega Rodrigo de Faveri (PTB), para que trouxesse o dono da empresa para conversar sobre os moldes da construção e alertou sobre os malefícios de trazer 600 famílias sem garantias. “Se a intenção do loteador é beneficiar o povo da nossa cidade, que venha a esta casa e peço a contribuição e colaboração do colega Rodrigo de Faveri, que tem o contato com o proprietário da empresa, que possa fazer esse convite, para que ele venha conversar conosco sobre o empreendimento e não sobre a denúncia, pois são coisas distintas. Iremos entender melhor esta situação e que se realmente for beneficiar somente os povos de Artur Nogueira, têm como conversar. O que não podemos aceitar é um empreendimento neste porte para trazer seiscentas famílias de outras cidades para cá, porque já não tem emprego para quem mora aqui. Então, se é só essa a intenção e não vai construir o básico, que é a creche, a escolinha, o que é necessário, vai ficar a conta para o município ter que fazer. Fica o convite para o senhor Artur, proprietário da empresa, para que ele compareça na câmara, em dia e horário pré-agendado, para que todos os vereadores possam se programar e possamos discutir mais profundamente a questão deste empreendimento e deixar claro para a sociedade o que exatamente é e se realmente vai trazer benefícios para o povo que aqui mora”, finalizou.

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