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“Sempre desenvolverei meu trabalho dando primazia à verdade”, diz Adalberto

Professor Adalberto fez uma nota sobre os ocorridos na última sessão da Câmara Municipal.

Por: Correio Nogueirense
12/09/2018

A denúncia feita na Câmara dos vereadores, na qual pedia a abertura de um processo de cassação ao mandato do presidente da Câmara Ermes Dagrela (PR) não foi acatada. O vereador Adalberto Di Lábio (PSDB), dirigiu a votação e foi favorável a denúncia feita na Casa de Leis. “Quero dizer a todos que hoje eu me senti frustrado. Eu sempre acreditei que nós trabalhávamos todos juntos para o bem comum, mas respeito à posição de todos os vereadores aqui que fizeram a posição de seus votos e as suas justificativas.” Disse o vereador em seu discurso.

Adalberto enviou uma nota ao Correio Nogueirense, a fim de esclarecer alguns pontos sobre o caso, confira na íntegra:

“Sempre desenvolverei meu trabalho dando primazia à verdade”

Nunca fugirei de minhas responsabilidades, minhas ações são transparentes e não tenho nada a esconder. Fui eleito pelo povo para representá-lo e é este meu objetivo. Ao desenvolver minhas funções no legislativo, exerço o direito ao voto com coerência e equilíbrio na busca sempre da dignidade e da honra. Sendo assim, por vários dias analisei os fatos ocorridos no dia 16/08/2018, envolvendo os dois vereadores da Câmara Municipal de Artur Nogueira, bem como fatos em que participaram antes e depois da data citada.

A denúncia protocolada pelo vereador Luiz Rodrigo De Fáveri, na Câmara Municipal, contra o vereador Ermes Rodrigues Dagrela, está fundamentada no Decreto de Lei 201 de 22 de fevereiro de 1967, em seu artigo 7º e tratando-se de Decreto Federal, se sobrepõe ao Regimento Interno.  Considerando que houve por parte do denunciado “quebra de decoro”, “atentado contra a dignidade da Câmara Municipal” e “atentado contra a dignidade física e moral do vereador denunciante”, na sessão de 10/09/18, o objetivo do meu voto não foi  mudar a bancada da casa, mas sim ser favorável à abertura de investigação contra o acusado em virtude de ter agredido de forma clara e exorbitante, violenta e cruel o denunciante, contando ainda com o auxílio de seu filho Ermes Rodrigues Dagrela Junior.

Não posso jamais afirmar que a decisão final foi influenciada por ações externas à Casa legislativa, no entanto, mesmo não querendo acreditar nesta possibilidade, elas podem ter ocorrido. Diante dos fatos conhecidos por toda Artur Nogueira e região (a mídia ultrapassou fronteiras do Estado de São Paulo) acatar a denúncia e instalar Comissão Processante era o mínimo que deveria ter ocorrido, considerando a honradez da formação do Legislativo Municipal.

Presenciamos momentos vergonhosos e repugnantes provocados por representantes do povo que defenderam o autor dos atos de covardia que atentou contra a honra de um homem, representante eleito legitimamente pelo povo; além de atentar também contra a honra da Câmara Municipal.

Veja bem, defenderam um agressor e agora querem justificar o voto dizendo que havia armação para mudar bancada? Estavam mais preocupados em ‘manter uma bancada’ a manifestar repúdio à violência? E agora, o que falamos a esta geração de crianças, adolescentes e jovens que buscam se espelhar em nossas ações? Dizemos a eles que agredir pessoas é normal, que é aceitável, que não existe problema neste fato? Como educador estou indignado, como cidadão, decepcionado e como vereador sinto-me envergonhado, pois muitos generalizam o caráter de uma classe por comportamentos de alguns indivíduos.

Professor Adalberto

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