Durante a votação do pedido de cassação contra o presidente da Câmara na noite de ontem (10). O vereador Cristiano da Farmácia fez um discurso contra a aprovação da denúncia, dizendo que Rodrigo estava passando por cima das leis da Casa.
Depois de feita a abertura do processo pelo vice-presidente da Câmara Professor Adalberto (PSDB), que ocupou o lugar de Ermes durante a leitura e votação da denúncia, o vereador Cristiano da Farmácia se manifestou contra o pedido.
O vereador afirmou que a denúncia de Rodrigo está entrando de forma irregular na casa e que existe uma jurisprudência, abrindo um slide onde mostrou e comparou o caso da denúncia com o caso do ex-prefeito Luiz de Faveri e o ex-vereador Marcelo Capelini, onde houve caso de agressão das duas partes. Ele alegou que o regimento da Casa mudou. “Mesmo caso, mesma punição. Não vou usar duas moedas diferentes para casos iguais”.
“Jurisprudência porque o caso já aconteceu em Artur Nogueira, já foi julgado pela Câmara Municipal. A primeira denúncia que ele fez, acredito eu, também estava incorreta, ele não usou da prerrogativa de se atentar que o Regimento Interno desta casa, art. 318 paragrafo 2º, já fala sobre isso” diz Cristiano que também citou alguns documentos públicos sobre o caso do ex-prefeito.
“Não podemos atropelar as leis e muito menos o regimento interno dessa casa, que rege as regras aqui de dentro, a situação é delicada, leis são feitas para serem cumpridas, respeitadas e corremos o risco de passar vergonha senhores vereadores”. Diz o Cristiano.
Segundo Cristiano, ao dar procedência no pedido, os cofres públicos serão onerados. Ele mostra que o caso do ex-prefeito e do vereador Marcelo Capelini custou R$ 11.400 depois de ter sido aprovada a denúncia, na qual o denunciante acabou sendo absolvido no final. Ele compara o caso do passado com o que está ocorrendo atualmente na Câmara.
Para ele o vereador Rodrigo de Faveri deve entrar com a denúncia, mas deve cumprir o que está no regimento da Casa de Leis. “Se eu for julgar e der ao vereador a punição que eu quero, não precisaria de Lei. Cada um paga de acordo com a Lei.”
Ao concluir seu pensamento Cristiano foi vaiado pelos munícipes presentes na sessão.
