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Vereador questiona os 25% gastos pela prefeitura na educação

Rodrigo de Faveri (PTB) lembra das gestões do Luiz de Faveri e Marcelo Capelini, que gastaram fazendo melhorias na educação e mesmo assim o esforço era grande para alcançar a porcentagem, que é obrigatória na educação do município.

Por: Correio Nogueirense
09/10/2019

Durante a última sessão da Câmara Municipal, na noite desta segunda-feira (07), o vereador Rodrigo de Faveri (PTB) falou sobre como é utilizado a verba na educação e questionou a licitação feita no município.

Após a votação do requerimento Nº 041/2019, de autoria dos vereadores Rodrigo de Faveri (PTB), Adalberto Di Lábio (PSDB), Davi Fernandes (DEM), Lucas Sia (PSD) e José Pedro Paes (PSD), no qual “Solicita informações para a nova licitação para a compra de carnes”, Rodrigo de Faveri falou de um questionamento feito especificamente e elogiou as funcionárias das escolas municipais. “O requerimento se faz necessário devido ao assunto que vem à tona referente à sexta-feira passada, sobre a entrega de carnes e algumas perguntas que nós procedemos em nosso requerimento. Eu gostaria de deixar claro aqui a última pergunta feita no requerimento. ‘Que apresente cópia integral ou mídia digital do processo licitatório citado pela secretária de Educação, bem como no contrato firmado com a empresa fornecedora de carnes’. Nós sabemos que alimento perecível tem esse problema, esses entraves que podem realmente acontecer. Gostaria de deixar claro aqui e parabenizar as cozinheiras e nutricionistas quando perceberam que o alimento não estava em condições de ser servido, então notificaram o fornecedor para a devolução”.

Depois de explicar sobre o requerimento, Rodrigo de Faveri comentou quando o seu pai foi prefeito de Artur Nogueira e falou sobre a lei federal que ordena que o município use os 25% obrigatórios na educação. “Hoje nós vimos a operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) em cidades vizinhas e isso me deixa intrigado. Eu lembro muito bem quando meu pai, Luiz de Faveri foi prefeito, e que fez a escola do Leonor, a escola Elisiário Del Alamo, reformou todas as creches da cidade e ainda sobrava porcentagem dos 25% da educação, que a lei federal ordena que use. Ele falava que ainda tinha dinheiro para a educação. Meu pai comprava carro para fazer a ronda escolar porque tinha dinheiro sobrando na educação. Para não dizer que estou falando só da gestão do Luiz de Faveri, vou falar da gestão do Marcelo Capelini, que foi opositor do meu pai. Gastou dinheiro na educação, não deu. Fez a escola modelo. Todos são prova que ele pegou dinheiro da educação, construiu a escola modelo para gastar os 25% e não deu, foi condenado, e hoje não pode se candidatar porque não conseguiu gastar os 25% do orçamento na educação. Fico intrigado que não haja nenhuma escola feita, nenhuma creche reformada e os 25% estão sendo gastos. Eu pedi junto com os colegas vereadores, que a prefeitura apresentasse cópia do processo de licitação, por que a merenda é cara e são gastos os 25% de Artur Nogueira. Tanto que não sobra dinheiro para fazer uma escola”.

Rodrigo voltou a comentar do assunto na sua fala livre. “A arrecadação do município de Artur Nogueira é de R$ 124,5 milhões de reais, a lei federal, lei municipal, lei estadual que se diz respeito à educação, não é mérito de ninguém, gastar dinheiro na educação é obrigação. Os 25% desta arrecadação equivalem a R$ 31 milhões e é obrigatório ser gasto na educação. Então eu não concordo com o vereador Cristiano, que compara a prefeitura a uma empresa, pois é lógico que uma empresa não tem uma arrecadação desse valor, inclusive, algumas empresas estão passando por dificuldades para manter suas portas abertas na cidade e a lei de incentivo fiscal morreu, não só neste mandato, mas vem morrendo nos outros também. Servir merenda não é façanha, é obrigação. Com essa arrecadação deu para fazer escola no Leonor, no Sacilotto II, reformar todas as creches. Vou pular de mandato. Deu para implantar as mídias digitais nas escolas de informatização, lousas digitais que o Marcelo Capelini colocou. A escola modelo foi comprada com o dinheiro da educação, em um terreno numa área nobre e uma das mais caras de Artur Nogueira. Ali foi construída a escola. Se está parada hoje, é porque não atenderam a indicação do Miltinho de trazer os cursos profissionalizantes. Inclusive, com essa arrecadação dava para fazer período integral na educação e dar comida para as crianças no período da tarde, principalmente no tocante aqueles bairros mais periféricos, onde as pessoas não tem trabalho, por que a lei de incentivo não funciona, não tem curso profissionalizante, não tem mais trabalho de patrulheiro da guarda mirim e as crianças estão na rua batendo perna”, finalizou.

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