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Vereadores relatam perseguição por críticas a gestão

Davi Fernandes (DEM) e Lucas Sia (PSD) comentaram sobre as perseguições que já sofreram pessoalmente e que munícipes sofrem por criticar a atual gestão municipal.

Por: Correio Nogueirense
20/09/2019

Na fala livre durante a última sessão ordinária da Câmara Municipal de Artur Nogueira, ocorrida na noite de segunda-feira (16), o vereador Lucas Sia (PSD) falou sobre uma possível perseguição que pessoas têm sofrido por críticas feitas na internet a atual gestão.

Durante a parte da sua fala, Lucas Sia falou diretamente para secretários e funcionários da prefeitura, que tentam realizar seu trabalho e não consegue por ser censurado. “Todo mundo sabe que muitas das vezes o peso está nas costas de vocês, existe muita gente aí capacitada, que eu gosto pessoalmente e são excelentes profissionais. Muitas vezes essas pessoas são podadas por coisas simples, pela própria administração e ficam pensando se estivesse em outra função que poderia fazer diferente. Mas ficam aqui ouvindo coisas que não deveriam ouvir porque é cargo de confiança, mas não da confiança para poder realizar o trabalho da forma correta. Quantas vezes eu conversei com algumas pessoas e elas me falaram que a decisão não cabia a ela, que veio de cima. Aonde é lá de cima?”

Lucas continua comentando sobre as perseguições que as pessoas sofrem por fazer críticas ao Governo e afirmou que vai batalhar por essas pessoas. “Algumas situações são maldades, é querer vetar manifestação de concordância, hoje a gente tem livre arbítrio para dizer o que quer, para manifestar se concorda ou não. Eu não vou aceitar mais aqui nesta casa, que as pessoas sejam perseguidas porque foram na internet e manifestaram o que pensam sobre a gestão. Aí a pessoa vai lá e diz que vai prejudicar a pessoa por tal e tal motivo. Você acredita que isso ainda acontece? Isso não foi só em uma secretaria não, foi em mais de uma. Eu vou ter que expor na internet, expor no telão da Câmara e recorrer ao Ministério Público por que eu já tentei conversar de todas as formas. Nós estamos em uma situação que nós somos fiscais, nós não queremos perseguir ninguém e também não queremos ser perseguidos”.

Interrompendo a fala do Lucas Sia, Davi Fernandes (DEM) lembrou das vezes que foi ameaçado e comentou que já recorreu a esses casos. “Pelo meu posicionamento às vezes aqui na Câmara, eu já fui ameaçado de morte, falaram que colocariam Drogas no meu carro para me prenderem por tráfico, já jogaram bomba na minha casa, já ameaçaram que eu ia acordar com a boca cheia de formiga. Quero só deixar claro, que eu já arremeti tudo isso ao Ministério Público, então qualquer coisa que acontecer com a minha pessoa por conta do trabalho que eu realizo, já está no Ministério Público, então que fique claro, porque só estamos fazendo o nosso trabalho. Nos deixe trabalhar, vocês estão preocupados com o que a gente faz e estão deixando de fazer o trabalho de vocês”.

Para finalizar o assunto, Lucas retomou o pensamento e criticou aqueles que querem tomar conta da vida dos outros. “Ninguém é dono do orçamento municipal, ninguém é nada. Daqui há anos isso tudo vai ter passado e as relações pessoais vão ficar, vamos acabar nos esbarrando por aí e para que uma inimizade, por que alguém quer perseguir outra pessoa. Todo mundo tem o direito de se manifestar, tem o direito de dizer se está bom ou não. Às vezes muitas secretarias merecem elogio e pedem para ser elogiados, mas eu acompanhei de perto outras gestões e às vezes é complicado para eu elogiar uma situação que em outras gestões não aconteciam e que nessa acontece. Sabe o que pode ser feito, falar com o prefeito para que ele possa confiar em vocês e não para que vocês persigam alguém que tem direito como cidadão, peça para não usar a máquina pública para tentar reprimir alguém. Sabe o que vai acontecer, não vai ser ele que vai responder, vai ser vocês, por que ele vai tirar o corpo fora, como fez há pouco tempo atrás na situação da merenda aqui no município. Eu sei que alguns funcionários foram responsabilizados, mas gostaríamos que algumas coisas fossem mais investigadas, a gente precisa entender aonde isso chegou, eu não sei se foi só um fato isolado.  Eu estou aqui para exercer a minha função daquilo que eu acho certo”, finalizou.

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