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Voluntário Brigadista de Artur Nogueira relata a operação no incêndio do Mercadão em Limeira

O brigadista voluntário Wesley Romolini membro da REER/SP conta o que viu no incêndio, que mobilizou cerca de 50 bombeiros e com incontáveis voluntários: "Foi uma tragédia".

Por: Correio Nogueirense
16/04/2020
Foto: Romolini - PU2WRY/Volunário REER-SP/Coord. Estadual de Proteção e Defesa Civil de São Paulo

Um incêndio no início da tarde do último domingo (15), destruiu 127 lojas, 5 ficaram intactas dentro do Mercadão Municipal de Limeira. A causa ainda está sendo apurada pelo Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Defesa Civil.

Foto: Romolini – PU2WRY/Volunário REER-SP/Coord. Estadual de Proteção e Defesa Civil de São Paulo

A equipe do Correio conversou com Wesley Romolini, voluntário da rede REER/SP (Rede Estadual de Emergência de Radioamadores) ligada a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, ele conta como foi a operação, que começou por volta das 13h de domingo, e levou quase quatro horas na contenção das chamas que só acabou na tarde posterior, com o rescaldo.

“Sou voluntário da rede REER/SP (Rede Estadual de Emergência de Radioamadores) ligada a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, porém fui acionado pela rede Municipal da cidade de Limeira.”

Foto: Romolini – PU2WRY/Volunário REER-SP/Coord. Estadual de Proteção e Defesa Civil de São Paulo

“Foi no domingo por volta das 12h, que o mercado municipal de Limeira, fundado em 29 de julho de 1958, 62 anos, o famoso “mercadão”, sofreu um incêndio, com as causas ainda sendo apuradas. O Departamento de Engenharia e Defesa Civil, ainda vai fazer o laudo e apurar tudo o que possa ter acontecido no mercadão, e o que levou a esse fato”.

Foto: Romolini – PU2WRY/Volunário REER-SP/Coord. Estadual de Proteção e Defesa Civil de São Paulo

Algumas empresas e cidades vizinhas enviaram ajuda para conter o incêndio no mercado modelo. Foram utilizados os caminhões da Usina Iracema, Empresa Forty, empreiteira Neopav e Engep. E ainda contou com caminhão para rescaldo de Rio Claro.

Foto: Romolini – PU2WRY/Volunário REER-SP/Coord. Estadual de Proteção e Defesa Civil de São Paulo

“Mais de 95% do mercadão, foi afetado, as lojas, tiveram suas mercadorias e estruturas danificadas, o fogo de grande proporção, teve início por volta do meio-dia e foi controlado por volta das 13h. Foi um serviço em conjunto, de todas as forças; bombeiros, polícia Civil, Polícia Militar, Defesa Civil, Bombeiros voluntários e voluntários de um grupo de empresas de Limeira e Região (PAM – Plano de Auxílio Mútuo). Enviaram caminhões pipas, para suprir a necessidade de água dos bombeiros, para combater os focos de incêndio”.

O trabalho de rescaldo virou a noite, pelos bombeiros. A Defesa Civil, entrou pela manhã da segunda-feira, para fazer a vistoria, para ver como estava a estrutura do prédio.

Foto: Romolini – PU2WRY/Volunário REER-SP/Coord. Estadual de Proteção e Defesa Civil de São Paulo

No final da manhã de segunda-feira, foi permitido a entrada rápida dos lojistas, para que pudessem tirar o que restou, mas, logo os bombeiros e defesa civil voltaram a isolar o local, preservando a vida dos logistas que ali estavam para tentar recuperar suas mercadorias.

“É uma tragédia, nesse momento, de crise econômica, não só no Brasil, mas o mundo em si. E acontecer isso lá… O mercadão sempre lutou contra enchentes, para manter vivo o comércio. Veio o fogo, e acabou com o famoso mercadão. Graças a DEUS não teve vítima fatal, algumas pessoas, que no início, quando ouviram os barulhos, eles foram até o local. Teve pessoas que inalaram a fumaça tóxica”. As pessoas que inalaram essa fumaça tóxica receberam atendimento no local.

Foto: Romolini – PU2WRY/Volunário REER-SP/Coord. Estadual de Proteção e Defesa Civil de São Paulo

Para o trabalho de mais de 20 horas, foram usados mais de 500 mil litros de água para combater o incêndio.

Wesley Romolini, lembra da emoção de ver a solidariedade da população de Limeira e da Região. “A solidariedade do povo limeirense, em geral, levando água, comida, suprimentos para as forças atuantes e os demais comerciantes ao redor do mercadão sensibilizados, abrindo as portas do seu comércio para abrigar o que alguns logistas conseguiram salvar. Foi muito emocionante ver isso de perto”.

“Tenho um amigo logista dentro do mercadão, de longa data e ao chegar e ver a real situação do local, não tem como não ficar emocionado. Ao entrar no interior do prédio e ver toda aquela estrutura queimada, destruída foi uma das cenas mais triste que pude ver”, finaliza.

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