Já faz algum tempo que a cidade de Artur Nogueira tem passado por um dilema, em particular não a cidade e sim a Paróquia Nossa Senhora das Dores. A igreja faz parte de uma divergência de opiniões entre dois grupos com pensamentos distintos sobre as obras que estão para acontecer. O padre e seus apoiadores querem que a Igreja por uma adequação e o grupo pró-matriz e seus apoiadores querem que a reforma da Igreja seja algo mais básico para que se preserve a identidade e memória dela com a cidade.
Geso Franco de Oliveira, um dos líderes do grupo pró-matriz disse que eles nunca foram contra a reforma, mas que ela deveria ser necessária sem descaracterizar o prédio. “Desde o início, nosso grupo se colocou favorável à reforma e adequações necessárias, analisamos o projeto e notamos que não é uma simples reforma, e com isso vai descaracterizar totalmente o prédio, afetando sua identidade histórica”.
Muitos concordam de que uma reunião para a tentativa de acerto seria uma boa opção, o senhor Geso lembrou da assembleia do ano passado na qual nada foi resolvido” Os Vereadores Cristiano da Farmácia (PR), Rodrigo de Faveri (PTB) e José Pedro Paes (PSD), tentaram uma conciliação entre nós e os responsáveis pela igreja, cada parte fez suas colocações, porém os responsáveis pela igreja foram irredutíveis quanto ao projeto. Como disse, falta bom senso, ainda mais por se tratar de uma obra gigantesca, onde grandes recursos serão necessários. Se temos dúvida quanto à aprovação do projeto pela população ou mesmo pela Comunidade Católica, o melhor a se fazer seria um referendo e todos respeitarão o resultado”.
Semana passada mais um capítulo desta história foi escrito, o advogado Dr. Carlos Eduardo Vallim entrou com um recurso contra o alvará concedido ano passado para a construção da nova igreja. No processo o advogado alega que a justiça tomou a decisão sem que a população fosse ouvida, tanto que o alvará concedido pela justiça foi antes mesmo da assembleia feita no ano passado.
Um ponto importante que vale ressaltar é que que alguns membros da Igreja e moradores antigos da cidade em nenhum momento são contra o padre e acham que o assunto poderia ser discutido melhor. Geso destacou que desde o início eles eram a favor, só que sem perder sua identidade. “Não temos nada contra o padre, ele defende o projeto e nós queremos mudança no projeto para manter a identidade do Patrimônio Histórico”.
A população quer que o melhor seja feito, o importante é manter as memórias históricas da Igreja viva de alguma maneira e que tudo seja resolvido da melhor forma. Ambas as partes negam que seja uma briga política e sim que envolve a sociedade e comunidade católica. A parte pró-matriz acha que se tivesse um Conselho de Cultura e preservação do Patrimônio Histórico, o projeto poderia ser aprovado sem que nada disso tivesse acontecido.